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Um suspiro pesado escapa por meus lábios ao ver, finalmente, o menino limpo.
Sorrio vendo ele brincar com a espuma da banheira.

Agora que ele está limpo pude apreciá-lo melhor. Pude perceber que a cor de seus cabelos era quase tão clara quanto a se sua pela. Ambos eram exuberantemente brancos.
Calmamente aliso seu cabelo cor de nuvem e seus olhos amendoados se focam em mim.

- Já está na hora de sair da banheira, faz muito frio a noite.

Seus olhos se focam na espuma da banheira e um olhar cheio de mágoa se faz presente

- Ei, Ei, Ei

Chamo sua atenção para mim

- Vai ter mais oportunidades para você brincar na banheira, mas agora está frio, não quero que fique resfriado. O que acha de ir colocar uma roupa quente?

Ele afirma minimamente.

Uma das empregadas da mansão entra no banheiro e logo se pronuncia apressadamente

Ana - Senhor, há um telefonema para você

- Diga que não estou

Ana - É o seu pai... senhor

Um suspiro foge por meus lábios e o pequeno menino segura minha mão com força

Aliso seus cabelos, agora limpos, e sorrio para confortá-lo

- Eu tenho que sair por alguns minutos, mas logo irei voltar. Ana cuidará de você enquanto eu estiver fora, tudo bem?

Ele aperta fortemente minha mão.
Aliso suas pequenas mãos trêmulas

- Tá tudo bem agora, logo logo eu vou estar com você de novo.

Levanto do pequeno banco ao lado da banheira e me dirijo para fora do banheiro.
A empregada me segue e logo agarra meu braço.

Faço ela me soltar e limpo a manga da minha blusa.

- Sim Ana?

Ana - Senhor, não pode me encarregar de cuidar desse híbrido

- Pelo que eu saiba você trabalha pra mim, então sim, eu posso te designar a cuidar do menino. E é bom que cuide bem dele

Ignoro ela e desço a escadaria, assim indo para o primeiro piso da casa.
Uma das empregadas me entrega o telefone, onde meu pai me esperava impacientemente

Coloco o telefone próximo a orelha e sorrio ouvindo sua respiração pesada, assim indicando sua falta de paciência.
Realmente, paciência nunca foi uma de suas virtudes.

- Olá, pai

Diego - Onde diabos você está!?

Sua voz irritada se faz presente na chamada de telefone

Diego - E onde diabos está o presente do seu irmão!? Você sabe muito bem que ele não gosta que mexa nos presentes dele!

Aliso meus olhos tentando não me estressar com esse velho

Me pronuncio friamente

- Pai, de todas as merdas que você pôde fazer, dar um ser híbrido para aquele idiota foi a pior merda possível...

Ele corta minha fala, assim me deixando mais irritado

Diego - Não se meta nos assuntos de seu irmão! Você sempre teve inveja dele e de suas conquistas!

- Uhum

Sirvo uma dose de rum e me apoio na poltrona da sala

Diego - É melhor que devolva o brinquedo a ele, ou vai se ver comigo

The Wolf and The SheepOnde histórias criam vida. Descubra agora