- 4

13 2 0
                                    

- está louco? Iria levar minha filha pro rio? -digo indignada.

-eu não queria isso!- diz e me olha.

O olho de cima a baixo, e ainda está o mesmo garanhão.

- quer outro filho meu?- diz se aproximando.

- credo! Lógico que não. - digo e me afasto.

- nem foi tão ruim! - ele anda até a beira do rio.

- você me deixou na ponte do rio, e sumiu anos depois.

- você sabia como seria. Eu não te encantei naquela noite, você já estava interessada. - diz e abaixa a alça do meu vestido.

Eu o encaro, e minha respiração estava ofegante.

- terei que usar minha técnica dessa vez? - diz e toca meu queixo.

- não é preciso! - digo e o beijo.

Ele me pega no colo, e vai caminhando pra dentro do rio.

- eu não quero outro filho!- digo e o encaro.

- não vai ter! -sorri.

=

Mainha tá demorando. O que será que aconteceu?

- ondes vai? - puxa meu braço.

- vo buscar mainha. - me solto dele.

Saio perguntando por ela, mais ninguém a viu.

Vou até o Rio, mais a vejo dentro do Rio com o tal moço de branco.

Respiro fundo, e volto pra trás.

- vai nadar novamente, Claryssa? - diz Raphael, atrás de mim.

- não, porque? - dou um sorriso.

- quero você hoje a noite. - diz se aproximando.

- queres me namorar? - faço um charmezinho.

- quero casar, também. - passa a mão nos meus cabelos.

- eu já tenho noivo. - digo e me afasto.

- posso ser melhor do que ele! - eu ri-o.

- chega a ser engraçado. - vou andando.

- acha que tô brincando? - diz alto.

- tenho certeza. -sorrio.

- vai ver, que vou te levar pra são Paulo! - eu nego com a cabeça. - vai ver!

Vou voltando pra casa, mais quando chego. Gael já havia ido.

- cadê, dona Rosa, Claryssa? - Amelhinda, chega perguntando.

- deu uma saidinha, rapidinho. - sorrio lembrando da cena.







O Rio Lá A Noite Onde histórias criam vida. Descubra agora