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Oito meses depois...

Bem, voltei pro Pará. Decidi ter meu filho aqui, ao lado do rio.

O Raphael não concordou tanto assim, mais aceitou minha decisão.

Sobre o Gael , o cara deixou a tal da Caroline, depois daquele dia.

Agente voltou juntos de são Paulo pra cá.

Claro, o Raphael não sabe nada disso. Até porque, tô meio assim com ele.

Tudo por que falei que Gael, ia ser padrinho do meu garotinho.

Sim, é um meninão. Espero que se pareça comigo.

O por que tem que parecer comigo... Vocês já vão saber.

- já contou pra ele que ele é o pai do seu filho? - diz quando me vê olhando o Gael tomando banho.

- tá louca? - digo e arregalo os olhos. - não pode dizer isso com todas as letras. - digo e volto a o olhar.

- você não sabe de quem é? - eu penso.

- foi naquele dia, que fizemos um ménage. - fecho os olhos lembrando.

- um o que? - ela me leva de volta ao chão.

- nada mainha. - a olho, e vejo sua barriga. - tá enorme.

- é. - passa a mão nela.

- olha que naquela noite, O boto até que teve sorte. - digo e sorrio.

- o nome do seu pai é Zé. Por que não o respeita? - diz e sai.

Mulher boba, ficou a pegada a um boto. Que vem ano em ano.

- tá perto de nascer? - Gael pergunta se reverindo a minha barriga.

- tá sim. - sorrio.

Ele se ajoelha, e toca a minha barriga. E a beija.

- já sabe o nome? - pergunta e bota o ouvido em minha barriga.

- Ruí. - sorrio.

- por que esse nome? - diz e se levanta.

- gostei dele. - o encaro.

- queria ter tido a chance de ser o pai dele. - sorri.

Eu arregalo os olhos, e dou um sorriso de canto.

- eu imagino. - vou andando em direção ao rio.

- cuidado aí. - cheio de boto. - brinca.

- sou filha de boto. - ri-o.

- posso te acompanhar? - me pergunta.

-deve! - sorrio.

Agente passeia por um bom tempo, além de trocarmos várias palavras.













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