Jill deixou o carro na avenida o trancando e cobrindo o corpo de Seth pra ele se manter aquecido e escondido, ela iria procurar pela cidade inteira se fosse necessário, ela estava numa rua que tinha algumas pequenas lojas, sua barriga começava a roncar de fome, ela foi passando pelos estabelecimentos mas as únicas coisas que encontrava eram algumas balas, aquilo não mataria sua fome, Jill então saiu da última loja e pensou no que poderia fazer, então se lembrou de um pequeno parque próximo da avenida que estava, o parque antigamente era um lugar ótimo para passar o dia, para acalmar a mente, se divertir com a família, porém, neste momento ele deve estar devastado, vazio e sem alma, Jill iria pra lá apenas para procurar algum animal pra se alimentar ou um possível remédio natural pra Seth.
Após muitos minutos de caminhada, Jill chegou ao parwue, o lugar estava repleto de lixo, pichações, folhas de árvores espalhadas no chão, fora a enorme quantidade de zumbis que haviam lá, a loira respirava fundo e se sentava atrás do muro do portão do parque pensando naquilo que poderia fazer, começando a falar sozinha para concentrar no seu raciocínio.
[J] — Provavelmente deve ter um caseiro, ou tinha, tenho que ir até a casa dele e ver se tem algo lá, mas primeiro tenho que passar por essas... coisas, mas como ?
Ao pensar nisso ela foi lentamente a entrada do parque, que tinha um mapa que lhe mostrava que ali perto haviam alguns carrinhos de golfe, ou pelo menos essa seria a expectativa, eles eram mais usados pras pessoas que circulavam no parque por lazer do que realmente jogar golfe, essa era sua melhor opção, ela então tira seus olhos do mapa e se depara com um zumbi, ela pega seu canivete e finca ele na testa do morto vivo antes que ele pudesse começar a gritar.
[J] — Filho da puta! A mulher ditava em voz baixa.
Jill logo começou a correr até a área dos carrinhos, ao chegar lá alguns estavam quebrados, mas alguns inteiros, na visão da mulher talvez sejam uns três.
[J] — Isso era lotado antes, estão roubando até isso ?
A mulher vai o mais rápido possível até o carrinho entrando dentro dele, ele já tinha a chave, então ela apenas o ligou e começou a ir na velocidade máxima dele, por mais que poderia ser uma idéia péssima, ela ignorou essa hipótese e foi correndo por todo o parque até encontrar alguma casa, enquanto corria vários zumbis a percebiam e corriam atrás dela também, o que deixou a loira totalmente apreensiva, mas deveria continuar, ainda mais ao avistar uma casa no centro do parque, ela chega lá e entra por uma janela que estava aberta, logo a fechando, sua primeira atitude foi fechar aquela janela e empurrar um armário para bloquear a porta, impedindo que os zumbis entrassem, ela parava e respirava um pouco e iria diretamente pra cozinha para beber um copo d'água.
[J] — O idiota que mora aqui é corajoso.
Ela foi passando pelos cômodos, começando pela sala de estar não achando muita coisa além de alguns cobertores, ela pegou um deles e colocou em sua bolsa, logo após foi até a cozinha, onde achou alguns alimentos no armário, tais como salgadinhos, bolachas, alguns enlatados, ela pegou os salgadinhos e comeu alguns, saciando sua gome, ela então saiu da cozinha indo pro banheiro, abrindo o armário e achando anti-inflamatório e alguns remédios pra dor, o que ela sem pensar duas vezes guardou consigo para voltar para o carro logo, mas ao fazer isso ela ouviu vozes vindo do lado de fora da casa, pessoas batendo na porta, ela então foi correndo pro andar de cima, entrando no primeiro quarto que viu, logo avistando um closet o qual ela entra sem nem pensar, se escondendo atrás das roupas fechando a porta dele, o lugar estava escuro, ótimo pra se esconder, sua única preocupação seria as roupas com péssimo cheiro
[J] — Vão embora logo por favor.
Os invasores entraram na casa finalmente, eles olhavam todos os cômodos, sala de estar, cozinha, sala de jantar, banheiro, até finalmente subirem para o andar de cima, e entrarem nos quartos, pela fresta que Jill havia deixado no closet ela via os homens armados com fuzis e facões, ela então segurou sua respiração para fazer menos barulho possível, ao olhar para o rosto dos homens ela notou que usavam máscaras parecidas com as de zumbis, o que provavelmente facilitou a passagem deles pelos mortos vivos, mas num momento de descuido, Jill acabou soltando a respiração, o que fez um deles ouvir a voz dela e logo abrir o closet, a agarrando pelos cabelos e a jogando no chão, ela se ajoelha e começa a suplicar.
[J] — Eu posso explicar, eu posso explicar!!
Os homens ignoram a mulher, deram risada de seu desespero, e antes dela fazer qualquer coisa eles acertam uma coronhada na sua testa e depois como garantia acertam um golpe na sua nuca, sua testa começava a escorrer sangue e ela é levada para fora daquela casa, para dentro de um carro, assim como a dois dias atrás.
Nesse tempo, Seth acordou dentro do carro, sentindo uma dor insuportável por conta do ferimento na sua barriga, ele se sentia fraco, sua visão estava um pouco turva, se sentia muito mal, ao olhar pra frente ele consegue perceber um bilhete e fazendo um esforço consegue pegar aquilo que estava preso no banco da frente e começava a ler. "Vou tentar buscar alguns remédios pra você, prometo chegar aqui viva".
Após algumas horas, Jill acordava acorrentada no que parecia uma jaula, a única fonte de iluminação do lugar eram algumas velas, no chão ela percebia um pouco de sangue, assim como sentia em seu rosto, ela estava numa espécie de altar, vendo um lugar inteiro falando numa língua estranha, ela tentava compreender o que aquelas pessoas falavam, mas mal sabia ela que falavam sobre um sacrifício.Capítulo escrito por: Renan Nunes
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The Lost Hope
General FictionSeth Dahmer é um modesto morador de São Francisco que enfrentava dificuldades "comuns", até que de repente diversos ataques dos humanos uns contra os outros começou um caos, não era exatamente uma guerra, mas sim um apocalipse zumbi.