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Sarah estava no estúdio de balé, sentada na mesa do canto. As aulas do dia haviam acabado e ela agora esperava pela chegada de Juliette.
Sentia uma ansiedade crescente conforme ela demorava, era uma sensação irritante, a sensação de que lhe faltava uma parte, até que ela entrasse pela porta.
Seu celular começou a vibrar no bolso pela milésima vez aquele dia, suas amigas e irmãs a convidando de novo para sair. Sabia que andava deixando elas de lado, mas não conseguia se conter, elas teriam que esperar. Quando olhei pro lado, já estava ela, linda, com sua roupa de bailarina, atravessando o salão do estúdio.
- Parece que alguém chegou mais cedo hoje. - Ela comentou enquanto se aproxima dela.
- Como ela sabe que eu tô aqui? - Perguntou um tanto indignada, Juliette riu percebendo a frustração na voz da garota.
- Seu perfume, senti de longe.
- Aff... - Revirou os olhos. - Vou mudar de perfume.
- Não vai adiantar. - Ela avisou largando suas coisas em cima da cadeira. - Vou saber que é você de qualquer jeito.
- Ah é? Como pode? - Sarah questionou.
Juliette pretendia dizer a ela que, toda vez que passava por aquela porta, sentia uma presença, e toda vez sentia seu coração disparar do peito, como se fosse um aviso de que ela estava por perto, mas não podia dizer isso.
Pequena observação: Juliette gostava de estar perto de Sarah, até mais do que ela mesma admitia.
- Já disse, eu ouço muito bem. - Ela riu.
- E o que isso tem haver? - Questionou. - Eu nem sempre faço barulho.
- Eu conheço o som do seus passos, o jeito como você anda, e o barulho do teu tênis macio no chão. Tudo tem um som próprio. E tem também... - Ela interrompeu.
- O que? - Perguntou curiosa.
- O som do seu coração. - Ela sussurrou.
- Como assim? - Sarah a fitou.
- Ele bate de forma ansiosa enquanto você me espera. - Ela explicou. - Então se acelera quando você me vê e depois se acalma conforme vamos conversando.
Era a pura verdade, e um tanto constrangedor também. Juliette não podia olhar para ela, mas podia ouvir tudo. Inclusive, seu coração se comportando mal.
- Seu coração está acelerado agora. - Ela comentou, Sarah abaixou a cabeça.
- Conversar com você é meio constrangedor.
- Por que? - Perguntou.
- Bom, você não pode ver minha cara de pateta, mas pode me ouvir.
- E o que tem isso?
- Você pode ouvir as besteiras que eu falo, e acredite ou não, a maioria dos meus micos acontecem quando abro a boca. - Ela fez careta.
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A BAILARINA | SARIETTE
RomanceSarah Andrade é uma garota comum, popular, metida, o tipo de pessoa que só se importa consigo mesma. Juliette Freire uma jovem linda, inteligente, doce e carinhosa. Tem um sonho de ser uma bailarina famosa, o que com seu talento seria fácil... se el...