VOCÊ É TUDO QUE EU PRECISO

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Maratona 2/2

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Sarah correu o máximo que pode na esperança de alcançar Juliette, não demorou muito pra quebrar ela a visse caminhando. Parecia um pouco perdida, sem rumo. Sarah apertou um pouco mais o passo e segurou o braço dela com força antes que ela pudesse atravessar a rua.

- Me solta. - Ela gritou assustada, se debatendo contra ela.

- Calma Juliette. - Pediu. - Sou eu, Sarah.

- Eu sei. - Ela disse irritada. - Me larga.

Ah, é claro que ela sabia, ela sempre sabia que era Sarah. Não importava de onde ela viesse, como Sarah estivesse, Juliette swnlre sabia. Sarah notou como um aperto no coração quebela estava chorando. Os olhos achocolatados, um pouco avermelhados.

- Juju, por favor. - pediu. - Vamos conversar.

- Não tenho nada pra falar com você. - Disse zangada. - Por que não vai atrás das suas amiguinhas? Não perca tempo com a ceguinha.

- Para, por favor. - Sarah Implorou. - Me deixa ao menos explicar.

- O que você vai dizer? Que não disse nada daquilo? Que eu escutei errado? - Juliette riu. - Eu sou cega, mas naonsou surda.

- Juliet...

- Me larga agora ou eu vou começar a gritar e...

Sarah não deixou que ela terminasse a frase. Colou seus lábios aos dela de forma tudo, fazendo-a se calar. Juliette resistiu no começo, empurrando os ombros de Sarah com raiva, querendo ela o mais longe possível. Mas conforme os lábios dela se mexiam contra os seus, ela foi se acalmando, incapaz de resistir ao que a morena de olhos verdes a fazia sentir. Juliette correspondeu ao beijo tentando manter o controle, afinal, estava com raiva e manteve as suas mãos cuidadosamente longe de Sarah, e as lágrimas voltaram a descer sem que ema permitisse. Quando Sarah finalmente cessou o beijo, as duas estavam ofegantes e atordoados.

- Vai parar de gritar e me ouvir agora? - Sarah perguntou.

- Tira suas mãos de mim. - Ela pediu. - Está me machucando.

Sarah percebeu que apertou os pulsos dela com certa força e os soltou na hora. Juliette ergueu o braço e acertou em cheio o rosto de Sarah, dando sem seguida um passo pra trás, pondo os braços contra o peito protetoramente, ainda respirando com dificuldade. Sarah estava totalmente surpresa com a atitude de Juliette, mas não reclamou e nem esboçou reação alguma, sabia que merecia isso.

- Juliette, me desculpa. - Sarah pediu.

- Estou cansada de ouvir as suas desculpas. - Resmungou.

- Voce entendeu tudo errado. - Sarah disse. - Sei que tenho o costume feio de pisar na bola, mas aquilo que eu disse...

- Por que não se poupa dessa humilhação e vai embora? - Juliette a interrompeu de novo.

- Por que não vou perder você, não assim. - Disse séria. - E você vai me ouvir.

Juliette até poderia fugir e ignorá-la, mas aquele pequeno momento a deixava atordoada e confusa, ela não tinha certeza se sabia como chegar em casa. Maldita cegueira.

A BAILARINA | SARIETTEOnde histórias criam vida. Descubra agora