SENTIMENTOS

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Já era noite quando Sarah acompanhou Juliette até em casa. Elas foram durante todo o caminho em silêncio, só aproveitando a companhia uma da outra. Na verdade, depois daquele dia diferente, Sarah estava tentando achar uma maneira de dizer a Juliette como se sentia. Não via sentido em ficar esperando por nada, ela queria estar com ela. Quando finalmente chegaram em frente a casa dela, as duas pararam juntas na porta.

- Está entregue. - Sarah disse.

- Obrigada por me acompanhar. - Ela sorriu pra Sarah.

- Obrigada você por esse dia incrível. - Sorriu. - Nem sei o que dizer, foi tão...

- Diferente? - Ela sugeriu.

- Também. Mas eu ia dizer especial. - Deu de ombros. - Foi bom poder entender mais você.

Ela abaixou a cabeça com um meio sorriso no rosto e Sarah ficou a observando por um tempo, precisava dizer aquilo agora.

- Juju, eu queria conversar com você sobre o que aconteceu no outro dia. - Ela disse.

- Do que está falando? - Ela perguntou fingindo não entender.

Na verdade, só maonse sentia a vontade pra falar do assunto.

- Do nosso beijo. - Sarah explicou.

- Já disse pra esquecer isso. - Juliette falou. - Não fique zangada.

- Não é isso. - Sarah interrompeu. - Sei que não está com raiva.

- Então o que é? - Questionou.

O problema é que desde o dia que te vi, não consigo te tirar da minha cabeça. - Disse. - E aquele beijo não foi um simples impulso Juliette. Eu te beijei porque... porque gosto de você.

- Eu... - Ela não sabia bem o que deveria dizer. - Eu também gosto de você.

- Não Juliette. - Ela corrigiu. - Quero dizer que estou apaixonada por você.

Naquele momento o coração dela parou de bater. Foi como se o chão e o resto do mundo tivesse sumido e só houvesse sobrado elas duas. Ela queria muito poder ver o rosto dela, aquela escuridão era irritante. Sarah chegou um pouco mais perto de Juliette prendeu a respiração.

- Espera. - Ela pediu erguendo a mão pra a parar.

- O que foi? - Sarah perguntou. - Você não gosta de mim?

- Gosto. - Confessou. - É esse o problema.

- Como assim? Você gosta de mim e eu de você. Qual o problema nisso? - Questionou.

- O problema é que eu sou cega. - Ela respondeu.

- Sabe que isso não me importa, se importasse eu não estaria aqui. - Se aproximou mais.

- Tem certeza que não importa? - Ela perguntou. - Somos tão diferentes.

Como pode ter certeza de que isso não vai atrapalhar?
Como sabe que pode lhe dar com isso?

A BAILARINA | SARIETTEOnde histórias criam vida. Descubra agora