Arco 1 - Capítulo 18

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Sirius se engasgou ao ler a manchete durante o café da manhã. Remus, preocupado com seu amante, pegou o profeta diário e empalideceu mortalmente ao ler a primeira página.

- Caramba, ainda é difícil de engolir que a pessoa mais próxima de Harry é filho de Voldemort, e agora todo o mundo bruxo sabe. - o Black falou enquanto tomava um gole de chá e massageava as têmporas.

- Calma Siry. - o lobisomem se esgueirou por trás do homem e o abraçou - Harry está bem, ele passou os últimos dias conosco e já está seguro em Hogwarts agora.

- Eu sei, ele sempre esteve seguro, mas o fato de Marvolo ter o sangue de nosso pior inimigo... isso me deixa com um gosto amargo na boca.

- Eu entendo, mas Marvolo não fez nada, Harry confia nele, são amigos, praticamente irmãos. E você viu a matéria, Marvolo cresceu com sua mãe e não descobriu quem era seu pai até depois que o homem já estava morto. Ele parecia ser uma boa pessoa e não algum louco insano que carrega os ideais de Voldemort.

- Nós não podemos culpar alguém pelos atos de seus progenitores...

- Exatamente. - Remus deu um beijo no topo da cabeça de Sirius e depois se afastou, tentando controlar seus próprios sentimentos em relação ao irmão de seu afilhado.

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Harry ainda sorria levemente durante as aulas da manhã. Ele conseguiu se encontrar com Neville antes de terminar o café e pediu que o menino transmitisse a mensagem para os outros seguidores da Grifinória, eles deveriam se encontrar após a janta, em frente a sala de troféus. Harry também repassou a mesma mensagem para Draco, e deixou o menino escolher alguém confiável na Sonserina para receber a marca.

Draco sempre falava sobre Blaise, os dois meninos se conheciam desde o útero e eram os mais próximos de terem uma amizade real dentro do ninho de cobras. Como braço direito do lorde, Draco queria trazer novos seguidores das ideias de Apollo, e comentou várias vezes sobre como a família Zabini é neutra e ficaria mais do que contente em ter um senhor que os apoiasse. Harry concordou em conversar com seu colega de quarto.

Mas o jovem lorde ainda estava descontente, a marcação de seus primeiros seguidores foi bem, mas não foi certa, não totalmente. O rito de marcação deveria ser feito da maneira correta, e Harry não conseguiria enquanto não arrumasse a sala perfeita para preparar o ambiente. Enquanto caminhava para a próxima aula, o menino se deparou com uma cena que fez seu sangue gelar e depois correr como fogo em questão de segundos.

Um grupo de corvinais, aparentemente do terceiro ano, estavam importunando uma pequena loira, a chamando de nomes horrendos e tentando prendê-la em uma sala vazia. Harry não vacilou em seus passos, e sentindo a presença de Draco ao seu lado, o menino puxou sua varinha e lançou alguns feitiços que aprendera com Voldemort durante sua estadia na mansão Riddle.

Os garotos mais velhos nem viram ou ouviram o que lhes atacava, e já era tarde demais quando entenderam a situação. Harry os deixou desmaiados e ajudou Luna a se levantar, a menina não parecia visivelmente machucada, mas suas roupas estavam amarrotadas, mostrando que ela havia sido agarrada e jogada de um lado para o outro. A menina tinha os olhos nublados de costume, mas seu sorriso não estava lá.

- Luna... O q-

- Estou bem milorde. Eles só tentaram me trancar naquela sala, nada além disso e algumas palavras ruins.

- Tem certeza? Não quer ir para a enfermaria? - nesse momento, o sorriso da garota voltou.

- Você é muito gentil milorde, mas eu estou bem, e você vai se atrasar para sua próxima aula.

- Bem... Tudo bem, se você tem certeza...

- Eu tenho, ah, e você deveria visitar os elfos, eles conhecem todas as salas nesse castelo.

Lorde ApolloOnde histórias criam vida. Descubra agora