Ligação perdida de "Tsumu"Ligação perdida de "Tsumu"
| Estou em frente a sua casa, venha logo, não aguento mais esperar.
Vai se ferrar.|
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— Até que enfim, em? — Fingiu estar chateado. — Que demora...
— Bem, você não me falou a hora que iria vir, cabeção... — Entrei no carro e fechei a porta. Ele sorriu para mim. — Onde vamos?
— Vamos comer alguma coisa... estou com fome. — Fez uma cara triste, acompanhada de um bico.
— Ok! Eu também estou... — Sorri
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— Prove isso, por favor! — Atsumu implorava
— Eca, Atsumu! — Estirei a língua— Não vou comer isso.
— Apenas prove! — Apontava o hambúrguer que melou com milkshake de chocolate.
— Hambúrguer e milkshake? Estou fora. — Ele apontou o sanduíche mais ima vez e eu o encarei. — Aah! tudo bem. — Me dei por vencida.
— Isso! agora, prove.
Mordi seu hambúrguer meio doce.
— ... Ah, não é tão ruim assim. — Dei de ombros.
— Viu?! eu te disse, Yam-Yam.
— Na verdade, eu estava mentindo, é muito ruim! — Fiz uma careta.
— Não minta para mim, eu sei que gostou! — Franziu o cenho.
Abri um sorriso ao ver seu rosto falsamente emburrado. Ele parecia me admirar por alguns instantes.
— Yam, você é fofa... — Apoiou o rosto nas mãos.
— O-oque? — Pisquei duas vezes, em surpresa — Não comece a falar coisas estranhas novamente.
— Não são coisas estranhas, é a verdade.
A garçonete apareceu ao lado da nossa mesa, Atsumu pediu a conta.
— Yam, eu preciso te falar algo... — Seu rosto parecia sério.
— Oh? — O olhei, enquanto tomava minha bebida. — O que foi?
— Eu irei "trancar" a faculdade.
— An? por quê?! — O olhei, surpresa.
— Decidi que minha vida deve ser dentro de quadra.
— Você não consegue fazer os dois ao mesmo tempo? Mesmo que não siga a profissão...
— Não dá, porque... eu irei viajar. No final desta semana.— Seu rosto parecia descontente — E vou passar... um tempo nessa viajem.
— O que? por quê não me contou antes? — Penso — "um tempo"... quanto?
— Anos, talvez...
— o que... — abri um sorriso sem graça — Você está brincando, certo? é apenas mais uma piado.
Ele não olhava em meus olhos. Não era uma piada. Eu sabia disso, mas apenas não queria acreditar.
Não, ele não...
Pus as mãos cobrindo o rosto. Encostei meu corpo no banco.
— Tudo bem... — Sorri forçadamente — Fico feliz por você. — Vejo-o suspirar.
— Eu queria que você viesse comigo... por favor.
Abri a boca, afim de falar algo, mas as palavras apenas não saiam.
— Eu não posso... — Abaixei a cabeça
— ... Eu imaginei.
— Você... pode me deixar em casa? por favor.
Ele me olhou por um tempo, provavelmente se perguntando o porquê. Mas logo balbuciou um "claro".
A viajem de carro até minha casa parecia durar uma eternidade. Era torturante todo aquele silêncio ensurdecedor.
— Bem, chegamos... — Ele me olhou e sorriu — Não durma tarde, ou irá parecer um panda! Haha!
O encarei. Aquela seria a última piada sem graça que Atsumu iria falar para mim.
— Atsumu... — Apertei meu peito, que doía o bastante para me fazer chorar. Meus olhos marejaram e pareciam um barco afundando barco afundando em alto-mar.
— ah, meu bem... Não chore. Me parte o coração — Moveu um fio de cabelo para trás da minha orelha. — Eu voltarei, para você.
Eu negava com a cabeça enquanto as lágrimas rolavam livre e descontroladamente pelo meu rosto.
Eu não quero. Não quero me imaginar longe de Atsumu. Não. Não posso perde-lo. Não posso.
Não quero me imaginar sem seu ombro para chorar, sem seu bom humor irritante. Não quero me imaginar sem o refúgio do seu sorriso.
Não terei paz, alegria. Não terei meu porto seguro. Não terei meu Atsumu.
— Por quê... por quê você tem que ir? — Esfregando os olhos, perguntava com a voz trêmula.
— Preciso fazer o meu futuro... — alisou meus cabelos. — Não se preocupe, não pretendo te deixar aqui por muito tempo...
— Eu te amo, Atsumu. — o abracei.
— Eu te amo, (nome) — enxugou algumas lágrimas que escorriam pelo meu rosto — Sempre te amei, e vou amar.
Seus olhos estavam avermelhados, talvez estivesse prestes a chorar, mas não o fez.
Me despedi com um "tchauzinho", como de costume e entrei em casa. Olho para o canto da sala e vejo minha mãe dormindo, com uma garrafa de cerveja no colo e com outras sete no chão.
E me dou conta de que, minha vida continua a mesma. Nada mudou. A diferença é que agora eu não tenho ninguém. Novamente.
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Oii, gente. Gostaria de dizer que eu chorei horrores enquanto escrevia.
Peço desculpas se minha escrita não foi tão boa.
Votem e comentem! 🩶🦊