Ele estava lá. Como ela ainda lembrava-se. Muito mais alto, e definido, mas definitivamente ainda era o mesmo.Atsumu apoiava sua mão no ombro direito, enquanto rotacionava o braço para frente e para trás, o velho hábito de sempre.
A mulher sentiu seu estômago embrulhar, e o enjôo a atingir como um trem em movimento. Com a mão na boca, ela murmurou um "já volto"para a amiga, que já perguntava onde ela ia.
Com passos apressados, ela subiu as escadas das arquibancadas até o banheiro instalado no pátio do lado de fora. Apoiou seu corpo na pia enquanto suava frio.
Os gritos da torcida ecoavam em seus ouvidos.
Atsumu...
Atsumu...
Atsumu...Não era o choque de horror, pelo contrário. Ela não aguentava ve-lo depois de meses sem dormir, comer ou socializar. A partida de Atsumu abalou suas estruturas.
Após alguns minutos, era hora de voltar.O jogo já estava rolando, mas a garota não gritava nenhum nome, não batia palma, apenas o observava. O jogador incrível que ele se tornara, e como parecia feliz.
— Vai, Atsumu! —Em um momento de êxtase, (nome) deixou escapar um grito, mas o estádio se aquietara no momento.
O homem virou-se. Ele virou para encontrar a dona da voz tão conhecida e diferente ao mesmo tempo. Isso o custou um ponto e uma reclamação.
— Ei... O que foi isso? — Katari perguntou, sorrindo.
— Ah.. N-não sei. Ouvi boatos que ele odeia quem grita seu nome em im momento importante... — Falou um pouco sem jeito.
Katari deu de ombros, descontraída e voltou a prestar atenção no jogo.
[...]
Com a vitória do MSBY Black Jackals, a arena inteira vibrou junto com o time. Logo após, (Nome) e Katari foram jantar no restaurante mais próximo, como combinado.
— Ahh, (Nome), eu estou faminta! — Katari folheou o cardápio. — E você?
— Eu... Estou, também. — Mentiu. Ela não sentiu um pingo de fome desde que viu Atsumu em quadra, (Nome) tentava ignorar seu estômago embrulhando a cada palavra que saia de sua boca.
— O que vamos comer? Bem, o forte da casa é pizza. Isso, vamos comer pizza! — Katari falou alto, e isso atraiu alguns olhares. Talvez demais, na mente dela. Mas não eram direcionados á elas, e sim para a porta, pois os jogadores do time vencedor do jogo anterior estavam entrando por ela. Um por um, olhando ao redor.
— Uau, olha quem está aqui! — Katari olhou encantada para a porta. — Oh! Estão todos aqui! Olha, (Nome)!... (Nome)?
— Hum, acho que vou querer sabor marguerita! — Falou com o cardápio na frente do rosto abaixado.
— Ah, meu Deus, (Nome) eles estão vindo na nossa... Na direção da mesa ai nosso lado.
A mulher olhou de relance para a mesa com uma placa "Reservado" acima dela. (Nome apenas conseguia gritar por socorro mentalmente).
— Eu vou ao banheiro. — Disse, se levantando.
— Ta bebendo bastante água, (nome)? — Indagou Katari — Precisa de um remédio para dor de barriga? — Sussurrou a última parte.
— Não! Eu só... Preciso ir tomar um ar.
Ao virar-se (Nome) deu de cara no ombro de alguém.
— Me desculpa! eu não te vi!— Disse, ajeitando os cabelos assanhados.
— Oh! Você está bem?! —O homem de cabelos alaranjados a olhava atentamente. Ela se lembra dele na quadra.
— Eu estou bem, me perdoe pelo transtorno. — Se desculpou.
— Tudo bem, eu também não estava prestando atenção!— Coçou a nuca, enquanto balançava a outra mão no ar. — Me chamo Hinata Shoyo, qual o seu nome?
— Eu me chamo (Nome) Yamashida.
— (Nome), (Nome)... Não soa estranho. — Pareceu pensativo — Mas enfim, foi bom te conhecer, até! — O homem saiu, e eu segui até o banheiro, onde passei quase dez minutos.
Quando retornei, a mesa dos homens, ao lado da nossa, estava cheia e barulhenta. Eu arrodeei o restaurante pelas laterais e cheguei ao meu assento sem ser vista por Atsumu que, por sinal, estava sentado na cadeira atras da minha. De costas.