Capítulo 28

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Valentina

Na manhã seguinte, na delegacia

Policial: Chefe, a Valentina está aqui. - Ouvi ele falar. - Pode entrar. - Disse olhando pra mim, eu assenti e fui até a sala.

Valentina: Valeu. - Agradeci antes dele fechar a porta. - Martins, desculpa o atraso. Deixei a Luiza no orfanato antes.

Martins: Não tem problema.. Sente-se. - Sorriu pra mim, eu fiz o que ele pediu. - Preparada?

Valentina: Martins, o que exatamente preciso fazer? E quando?

Martins: Ainda hoje, Valentina. Como te disse, estamos numa corrida contra o tempo. - Falou firme. - Valentina, você é a única saída para pegar Catarina. Ninguém nunca conseguiu.

Valentina: Sempre tem a primeira vez. - Rebati

Martins: É isso que eu quero sentir de você. Garota, eu te vi crescer e tenho um carinho enorme por você. Se fizer exatamente o que eu mandar, ninguém vai se machucar.

Valentina: Fala, Martins.

Martins: Há uma cláusula que seu pai deixou antes de morrer.

Valentina: Cláusula? Como assim?

Martins: Valentina, por favor. Você vai entender no tempo certo. - Respondeu. - A Albuquerque Investimentos será sua assim que completar 22 anos.

Valentina: O que? - Perguntei surpresa

Martins: Todo e qualquer investimento que começar agora será travado se você não assinar o acordo.

Valentina: Acordo?

Martins: Transferência da empresa de forma definitiva pra Catarina.

Valentina: E porque eu assinaria isso?

Martins: Porque ela não pode começar a obra sem a sua assinatura.

Valentina: E como ela comprou? Como vendeu o orfanato aos Dummond?

Martins: Ela tem esquema com o serviço público. Catarina suborna tudo e todos. Assim que a prefeitura vendeu o orfanato pra ela, sua mãe já entrou em contato com a família e eles se interessaram na hora.

Valentina: Mas se eu assinar o acordo, eu entrego a empresa de bandeija pra ela.

Martins suspirou

Valentina: Martins, mas se a empresa é minha como que a minha mãe tá fazendo tudo isso...

Martins: Não é sua... ainda. - Interrompeu

Valentina: E todos esses crimes... Eu não sabia de nada!!

Martins: Eu sei que não Valentina! Nem você, nem seu irmão.

Valentina: Igor não sabe?

Martins: Não. - Respondeu. - Valentina, seu pai morreu quando você tinha 17 anos. Essa cláusula fala que você será a dona por direito da empresa assim que completar 23 anos. - Suspirou. - Não era pra sua mãe ter assumido durante esses anos...

Valentina: E porque ela assumiu?

Martins: Porque a Roberta está morta, Valentina. Ela iria assumir até você completar 22 anos.

Valentina: O que? - Perguntei incrédula. - Como assim a Roberta está morta? Ela não tinha se mudado pra Barcelona?

Agora meu mundo parou. Roberta era braço direito do meu pai na empresa. Eles eram amigos desde a época de faculdade. Ela era um doce.

Martins: Eu sei que tá horrível pra você descobrir isso tudo assim... mas não tem outro jeito. - Suspirou. - Tudo indica que sua mãe mandou matá-la, assim ela assumiria a empresa até você completar 23 anos, por ser a mulher do Marcos. - Olhou pra mim. - Ainda há uma cópia da cláusula, Valentina.

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