Cass... Cassy - Castiel Amor Doce

Prólogo

Não há muito o que contar sobre minha mudança.

O dia foi corrido, mal comi uma refeição inteira e passei o dia inteiro limpando e abrindo caixas. Pior: num domingo, o que significa que logo amanhã começam as aulas.
Agora são aproximadamente 1h30 da manhã e, contando com o tempo que ainda tenho até a hora de levantar e me arrumar, são menos de 4 horas.
Estou deitada no meu colchão, que ainda está no chão e ao meu redor há várias caixas com roupas, móveis pequenos e meus pertences. Estou vestindo uma regata cinza e uma calcinha branca com bolinhas cor de rosa.
Esqueci de mencionar que estou um pouco dopada de remédios.
Geralmente é assim, quando tenho insônia.
O importante agora é que não consigo dormir, e nessas horas minha escapatória é ligar para a minha única amiga na minha cidade Natal, Judy.
Deito de lado no colchão e disco seu número no celular, meio grogue e com os olhos semi abertos. Sei que ela estará acordada também.
Desta vez ela demora um pouco a atender, o que estranho. Na segunda chamada a câmera carrega a imagem e abro os olhos um pouco.
Um rapaz.
Talvez o novo namorado dela? Um ficante?
Admito que dessa vez ela caprichou na escolha. O dito cujo tinha cabelos lisos e de um ruivo gritante, estava usando uma regata verde militar e parecia muito concentrado em algo.
Foquei um pouco mais os olhos, dava pra ver que ele treinava, seus ombros eram largos e o peitoral destacava na camisa, por mais que o ângulo do celular fosse estranho.
Era como se tivesse no chão ao lado dele, de forma que eu o via de baixo.
Esperei um pouco, imaginei Judy ali com ele, observando-o como eu estava observando, concentrado, com os lábios meio abertos e os olhos focados. Mas a resposta estava demorando demais.

- Judy? - Chamei, ninguém respondeu - Judy?

O ruivo pareceu despertar e procurar o som, quando viu o celular, e então, eu.

- Que porra é ess... - Não deu tempo de ouvi-lo completamente, ele desligou na minha cara. Parecia P da vida.

Virei de lado no colchão e olhei para o teto tentando entender. Aquele era o número dela, disso eu tinha certeza. A resposta veio um pouco depois, em forma de mensagem.
"Número errado"