Corações brilhantes 2

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Natasha estava sentada na poltrona da sala, seu cotovelo no braço do da poltrona e seu rosto apoiado na mão. Ela passava a mão pelos lábios suavemente, lembrando daquele cientista tímido e fofo que não saia de sua cabeça, e parecia ter lhe dado o melhor beijo do mundo. Ela queria experimentar aqueles lábios de novo, ter as mãos dele em volta dela, arranhar o peitoral cheio de pelos... ela precisava parar com isso.

Voltando sua atenção pra tv, onde mais uma partida de Mario kart se repetia. Ela já tinha perdido a conta de quantas vezes Thor já havia perdido pra Clint.

A missão com o Bruce tinha saído bem, normalmente os planos tinham que ter leves alterações, mas daquela vez foi tudo estranhamente perfeito, exatamente como planejado.

A única coisa foi eles descobrirem serem almas gêmeas.

Desde então, as coisas que sentia com o Bruce pareciam mais fortes e evidentes, eram bons, mas a assustavam. Natasha não acreditava que poderia ter algo assim, e não queria acreditar que deveria gostar dele só por conta de um brilho vermelho. Mas sabia que já sentia coisas antes, só não entendia. O que ela realmente tinha medo era que ele do gostasse dela por isso, ou que estivesse decepcionado, mas ela não admitiria isso pra si mesma.

Quanto mais ela pensava sobre isso, sobre como o Bruce deveria estar se sentindo ao invés de perguntar, mais ela sentia um estranho aperto no peito. Natasha não entendia seus sentimentos muito bem, mas sabia que era ruim, então tentava não pensar sobre. Invés disso, acabava, inconscientemente, focando nos pensamentos mais irracionais que seu corpo a fazia pensar. Ela andava mais sedenta por ele desde então.

Apesar de tentar negar e ignorar seus sentimentos, Natasha sabia o quanto admirava o cientista.

Um homem simples e gentil, mais preocupado com o resto do mundo do que consigo mesmo. Ele evitava e odiava batalhas e conflitos, se sentia o mais fraco e mais inútil dos Vingadores, mas na verdade é o mais poderoso deles.

Ela nunca diria em voz alta mas ele a asustava no começo. Na verdade, era apenas um nervosismo, até o Hulk a perseguir.

Com o tempo, ela pode o conhecer melhor, assim como o resto da equipe. Eles se tornaram amigos, o mais próximo que ela chegaria de uma família de verdade, não apenas uma missão, que assim que acaba... tudo acaba...

Mas Bruce foi diferente, ele era doce, compreensivo, gentil. Ela olhava nos olhos dele e via que ele realmente se importava com ela.

Natasha passou a confiar mais nele do que nos médicos da SHIELD, ela só queria passar mais tempo com ele e sentir aquela coisa estranha que sempre sentia quando estava com ele.

Quando eles se tocavam Natasha sentia o calor que ele emanava e tinha vontade abraçá-lo, colocar o rosto no pescoço dele e sentir os braços dele em volta dela.

Era um desejo tão novo e estranho que Natasha nao sabia como lidar, quanto mais ela tentava ignorar, maior a vontade de passar os dedos pelo cabelo dele aumentava.

"Como você pode ser tão bom nesse jogo de automóveis e encanadores?!" O grito de Thor chama sua atenção de volta pra realidade.

"Eu sou o melhor." Clint pisca pra ela

Com isso Clint quer dizer muita prática com seus filhos, algo que só ela sabe que ele tem. Ele aprendeu tudo de Mario Kart com as crianças.

"Você tá bem?" Ele pergunta ao ver o sorriso fraco dela.

Ela acena com a cabeça "so pensando muito."

Ela não queria lidar com tudo o que o Bruce a fazia sentir, mas sabia que deveria.



Faz quase um ano - Brutasha One shotsOnde histórias criam vida. Descubra agora