Capítulo 1

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Certo, eu morri. Mas acordei da mesma forma que acordei em Titanic, isso significa que eu morri pra ir pra lá também.

Já morri duas vezes, que caralho!

Bom... valeu à pena.

Voltando à situação atual, é noite, tem mato, e mais mato, árvores e terra. Está tudo molhado, ou aqui é muito úmido ou choveu.

Me levanto e olho ao redor, advinha o quê mais eu vi?

Se você chutou: árvores, errou eu vi um lobo, corri.

Corri como a mulher desesperada que eu estava.

Deixe-me te dizer, eu apenas vestia uma blusa branca e um calção azul que foi a roupa com a qual morri antes de acordar aqui.

Corri tanto que não vi que estava em uma pista, virei para o lado e apenas senti o impacto com o caminhão, que me jogou longe.

Abri os olhos, sangue incomodava minha vista, um homem desesperado desceu do caminhão já ligando pra alguém, deduzi que era a ambulância.

Desmaiei.

Acordei com aquele som do monitor cardíaco que eu só vi nos filmes, ele indicava parada, alguém morreu.

Curiosa e fofoqueira como sou, abri os olhos e sentei pra ver quem era.

Desci da maca e uma mulher passou por mim, literalmente me atravessaram, arregalei os olhos, mulher se educação!

Calma... ela passou em mim!

Olhei pro lugar pra onde ela foi e quem estava morrendo era eu!

Olhei minhas mãos, normal, apenas um pouco espectral.

Ah, caralho. Puta que pariu, eu morri de novo!

Estava perplexa, eu virei uma alma penada? Tá brincando?! Não acredito, não posso nem me suicidar. Vou ficar vagando?

Fiquei vendo eles contarem óbito e segui o lugar para onde levariam meu corpo.

Vão deixar no necrotério de uma cidade próxima até me identificarem, acho que meu corpo vai ficar lá para sempre...

Vou ver em que ritmo as coisas vão fluir, vou segui-los, é meu corpo afinal!

Percebi que eu podia passar pelas coisas como um fantasma a única diferença é que mesmo podendo flutuar ou voar? Eu tinha pés, eles não eram embaçados ou pareciam com fumaça, e eu tinha a opção de caminhar.

Notei que a magia ainda funcionava, só que as coisas que eu desejava não me serviam de nada, já que eu não tinha para o que usar no momento.

Eu não podia tocar outros objetos, mas os que eu "criava" eu podia e eles, diferente de mim, eram visíveis.

Estávamos agora em rumo à tal cidade próxima, eles estacionam em um hospital e falam com alguém, que os manda levar meu corpo pro andar de baixo.

- Forks continua a mesma.- Um dos funcionários que trouxeram meu corpo comenta com o cara que os dirige ao necrotério.

Forks... Forks, eu já ouvi falar dessa cidade em algum lugar...

- Sim, sempre fria e chuvosa.- O cara responde.

Forks... fria e chuvosa... Forks!

Calma, não vamos nos desesperar... pode não ser a do filme de vampiros mais dramáticos que eu e Jack juntos...

Um loiro albino cheio de postura e gostoso adentra as portas do necrotério aonde estamos com jaleco e uma pancheta, não fode!

Carlisle.

- Sacanagem... Crepúsculo!?Onde histórias criam vida. Descubra agora