VII

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|sem música|

      Agora, tarde da noite — por volta das dez e meia —, Eleven acorda com seu pai adentrando seu quarto.

        — Pai? — pisca o olho várias vezes com a luz acendendo e indo forte para seu olho.

      Por causa de um movimento brusco que ela faz para se levantar, Max também acorda. Ela se espreguiça e boceja.

       — Que horas são? — Max pergunta, sonolenta sem perceber que Hopper está no cômodo.

       — Já passa das dez — Hopper responde, de braços cruzados.

       O sono se dispersa, vai embora do corpo da menina, que agora, se vê totalmente contra o tempo para voltar para casa — além de ter se assustado com a voz grossa de Hopper respondendo sua pergunta.

       — O quê é isso? — Hopper aponta para o gatinho, que dorme como um bebê em cima da cama.

       — É... é um gato — Jane responde, com os olhos arregalados. Havia esquecido do filhote.

       — Isso eu percebi. E o que ele tá fazendo em cima da sua cama?

       — Dormindo — Jane responde novamente, nervosa e rápida. Não sabe qual será a reação do pai ao novo serzinho da casa.

      Frustado e insatisfeito com as respostas curtas e óbvias da filha, que não atenderam suas expectativas, a olha raivoso. Somente com esse olhar, ela percebe que seu "plano" não funcionou.

       — Max achou ele na rua, como ela não pode ficar com ele na casa dela eu pensei que... — pausa sua justificativa e baixa a cabeça.

       — Que o quê? — o mais velho deixa brecha para que ela continue a frase.

       — Que ele poderia ficar aqui... — termina a frase, baixo.

      Percebendo a situação que Max a deixou, a ruiva se vê em uma situação precária, mas mesmo assim decide ajudar a amiga. Então, se levanta da cama — com cuidado para não atrapalhar o sono do animal.

       — Hopper, então, eu que queria saber se ele pode ficar aqui por um tempo. Mas é só enquanto eu conveço meu irmão à ficar com ele. Eu juro que é por pouco tempo — Eleven suspira aliviada com a declaração da amiga.

      Hopper bufa e diz:

       — Ok! Mas só por enquanto! — as meninas se entreolham e sorriem animadas. — Vem cá, não era para você estar na sua casa? — pergunta diretamente para Max.

       — Eu já estou indo — ela pega suas coisas rápido e saí correndo do quarto.

       — Eu te levo até a porta! — Jane diz, correndo atrás da amiga.

      Agora na sala, Jane abre a porta e as duas saem para a varanda.

       — Até amanhã — El se despede.

     Antes que Max possa dizer alguma coisa, El sente uma vontade imensa de a beijar. Vira para trás, para conferir que Hopper não verá e o faz. Não é um beijo longo muito menos tão aprofundado, mas ainda é um beijo.

       Nos primeiros milésimos, Max fica surpresa, mas retribuí logo depois.

      Elas se separam, se olham um pouco envergonhadas e Max — que mesmo sem expressar está mais contente do que nunca — vira saí andando. Ainda um pouco chocada com o que fez, Jane paralisa, só consegue fechar a porta — ainda assim, fica encarando a porta por alguns segundos.

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Pra um cap sem música até que ficou grandeKKKKKK

Curiosidade: o beijo não tava no meu roteiroKKKKKKKKK

musics & girls - elmaxOnde histórias criam vida. Descubra agora