Edmundo pensou que se mudar do Rio grande do Sul para Bahia seria uma ótima experiência cultural onde pudesse descobrir mais sobre a história do estado e de cara ainda completar seu trabalho na faculdade que deverá ser mostrado no início do ano.
Ele...
Acho que esse é o penúltimo capítulo da fic e TALVEZ tenha um bônus, mas vou pensar porque não é nada certo. • Não corrigi os erros ainda mas espero que vocês gostem.
⚠️Atenção: Este capítulo contém cenas relacionadas ao racismo, intolerância religiosa, homofóbia e transfóbia. Se você for sensível a esses tópicos por favor não leia. Mas se caso quiser ler mesmo assim não diga que não avisei. E lembrando que normalmente minhas fics não abordam temas tão pesados assim, essa é uma das primeira vez que resolvi arriscar algo que envolvem tantas coisas juntos, eu real não pretendia até porque queria que fosse uma fanfic mais leve e de comédia mas toda fic tem que ter essas complicações de vez enquanto.
Mas mesmo assim espero que gostem e boa leitura♡.
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Caspian não sabe bem dizer quando foi que toda aquela confusão começou, tudo estava indo tão bem durante esse tempinho com a família do seu namorado - mesmo que eles não sabem disso. Caspian também fez tudo que um bom namorado deveria fazer para ao menos conseguir conquistar o coração dos mais velhos e assim ser mais fácil para eles dois, ele comprou carne, cerveja, bolos e até mesmo se juntou a cantoria que o pai de Edmundo iniciou e os outros continuaram, ele pode dizer que estava mais animado que o namorado sentado observando eles cantarem e dançarem.
Isso até em algum momento no meio da noite uma senhora - tia de Edmundo ele supôs - aparecer e meter o nariz onde não foi chamada.
- O que é isso no seu pescoço? - Ela perguntou apontando para o peito de Caspian onde suas guias estavam cobertas pelo pano da camisa.
- A-ah_- Caspian travou sem saber se respondia ou não, normalmente ele não tem vergonha ou medo de falar sobre sua religião e não é como se ele tivesse agora, mas a maneira tão seca como aquela mulher perguntou fez surgir um leve sentimento negativo em seu peito. Caspian olhou para Edmundo em busca de alguma resposta e o menor só fez encará-lo neutro, sem nenhum sentimento muito negativo mas ainda sim o baiano conseguiu ler um leve medo em seus olhos - São guias.
- Isso não é aquilo que usam na macumba? - Ela perguntou bebendo um pouco da sua cerveja mas ainda com seus olhos julgadores para Caspian.
Caspian gostaria de questionar como ela sabe que pessoas de religião de matriz africana usam guias, ela soube reconhecer bem uma quando viu porque alguns até acham que é algum tipo de colar comum por aí.
- Religiões de matriz africana - Edmundo disse decidido e sem nenhum sinal de apreensão em sua voz, ele parecia desconfiado como se imaginasse algo que viria a partir dali, talvez sim porque Edmundo conhece melhor sua própria família do que Caspian.
A mulher mais velha murmurou e assentiu, ela manteve a atenção na sua cerveja e as vezes comia churrasco ignorando completamente o sinal de Caspian e Edmundo na sala. De repente todos ficaram um pouco quietos e pareciam iniciar uma conversa baixa e com sorrisos amarelos, dava para perceber o quanto eles tentavam fingir que tudo estava bem quando na verdade não estava.
