Mais um belíssimo dia em Konohagakure, o sol brilhava intensamente no céu, que se encontrava azul, quase sem nuvens. Nas casas do distrito Uchiha já era bem evidente algumas pessoas se acordando, afinal, eram ninjas.
Na casa principal do líder do clã, uma animação era vista desde cedo, o tão famigerado primogênito iria finalmente para a academia. Seu pai, como sempre, mantinha um semblante fechado, mas estava orgulhoso por seu filho ir à academia.
Mikoto estava muito mais do que ansiosa, estava exasperada, seu filho finalmente se tornaria um ninja! Ela já imaginava um rapaz belíssimo, além de muito forte, carregando o título de ninja da Aldeia Oculta da Folha. Enquanto preparava o café da manhã, Fugaku lia um jornal qualquer sobre a vila.
Se perguntava onde estaria seu filho, imaginava que o garoto já estivesse na cozinha esperando sua alimentação matinal e seu bentō. Suspira imaginando o pequeno garoto indo ver seu irmãozinho mais novo, que completaria um ano logo.
- Fugaku, onde está o Itachi?! - perguntou nervosa para seu marido, que apenas fez que não com a cabeça, deixando a esposa ainda mais desesperada.
Tentou se concentrar e voltou a cozinhar, esperando logo escutar um "Bom dia, Oka-san", que já lhe era mais do que comum vindo de seu filho mais velho. Enquanto cozinhava, pensou em como seu filho se sairia no seu primeiro dia. Refletiu se ele seria bem-quisto pelos seus colegas, se teriam algo contra ele por ser um Uchiha... Com certeza, estava preocupada.
Seu desespero se esvai quando escuta o tão querido bom dia, que já sentia tanta falta.
- Ohayo. Bom dia, Oka-san. Bom dia, Oto-san. - falou de forma calma, e como Mikoto já suspeitava, o seu primogênito vinha com seu irmão nos braços, ele realmente gostava do pequeno.
Mikoto pôde observar que seu marido abaixou o jornal e se pôs a observar o seu primogênito. Deu um longo suspiro e virou-se para terminar os afazeres. Já até imaginava o que viria depois disso, Fugaku iria falar para o mais novo sobre suas responsabilidades, agora como ninja e, como herdeiro do clã. Sabia muito bem que Itachi era um garoto bom e obediente, mas era extremamente inteligente, não faria de imediato tudo que seu pai mandasse, ele pensaria e repensaria várias e várias vezes até chegar á alguma conclusão.
- Itachi, devo repreender-lhe por não comparecer aqui no horário certo, mesmo já tendo consciência disso? - perguntou Fugaku com uma falsa calma. A matriarca engoliu em seco, ainda de costas, esperando por alguma reação do seu filho, e torcia para que conseguisse tirar algo positivo do pai com sua provável resposta.
- Não pai, isso realmente não é necessário, sei das minhas obrigações e sei que errei, me desculpe por isso. - falou de forma rápida, olhando diretamente nos olhos de Fugaku, algo que nem a própria Mikoto tinha coragem.
A matriarca observou seu marido fechar ainda mais a sua expressão e segurar o olhar cortante em seu filho. A Uchiha intercalava o olhar entre Fugaku e Itachi, eles estavam travando uma intensa batalha com o olhar. O garoto deixou seu irmão no chão para continuar o observando.
Itachi finalmente resolveu ceder e desviou o olhar, se recolhendo para perto de sua mãe. Ela o olhou com carinho e afagou os longos cabelos do seu filho, este lhe sorriu. Mikoto era a melhor mãe do mundo, na opinião do garoto. A mulher era animada e gentil, além de ter uma beleza exuberante, com certeza, amava sua mãe.
- Itachi, hoje é o seu primeiro dia na Academia Ninja! Não está ansioso? Como está se sentindo? Vai fazer vários amiguinhos! - falou sua mãe eufórica, enquanto dava leves pulinhos no local onde estava.
- Mãe, se acalme. - falou rindo um pouco da reação da mais velha, sentindo a animação de sua mãe passar para si próprio.
A matriarca Uchiha o olhou, ainda sorrindo, pensando em como seu filho era maravilhoso. Ele tinha traços muito parecidos com os seus, mas a personalidade era um pouco parecida com a do seu pai. Não era tão frio, era mais flexível e risonho que o mesmo, algo que Mikoto amava no garoto.
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𝗗𝗼𝗰𝗲 𝗰𝗼𝗺𝗼 𝗺𝗲𝗹, 𝘃𝗲𝗿𝗱𝗲 𝗰𝗼𝗺𝗼 𝗼 𝗰é𝘂
FanfictionEssa história não começa com uma vida feliz, não é um conto de fadas onde a princesinha fica com o príncipe encantado. Conta a vez que uma Shinobi se apaixonou por um renegado. Não é falando sobre opostos que se atraem, nem de iguais que vêem refúgi...