O Retorno - Capitulo 63

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~21/08/2023
CAPÍTULO 63: O Retorno

O zumbido era alto demais, não conseguia sentir meu corpo, estava tudo dormente. Minha visão subiu, como se alguém estivesse me jogando pra cima para me ajudar a levantar.

Pedro me levantou para finalmente voltar aos poucos para a realidade e começar a sentir uma puta dor desconcertante.

Eu: Puta merda... tá tudo doendo...

Allan: Da onde caralhos o Filha da puta tirou aquela granada?

Pedro: Gust... mas que porra!? MAS QUE CARALHO!?

Jeasyca: Pedro calma! Vamos sair daqui!

Pedro: NÃO! Não posso deixar ele aqui...

Gustavo tava completamente fudido, cheio de sangue e com o peito aberto.

Eu: Tirem ele daqui, temos que vazar, essa porra deve ter chamado o quarteirão inteiro.

Pedro: Gusta... por que...

Eu: Pedro, Eii...

Ele não ia voltar, tava completamente em transe, ficou em choque e não tinha mais o que se fazer naquele momento.

(A não ser...)

Eu: Pedro? (Tapa com Estalo no rosto)* vai voltar não vagabundo? Acorda porra, ele já era, tá tudo bem chorar por ele, mas não aqui, você pode ter Seu luto bem longe dessa merda toda.

Pedro: Mas...

Allan: Você ouviu o cara, partiu.

Eu: Foi mal man, mas pense que agora ele tá bem, sem sentir toda essa dor.

Saímos de lá às pressas, todo o lugar tava com poeira e fumaça, os alarmes de fumaça tocando e piscando em vermelho.

As crianças com medo e os mais velhos tentando confortar todos para não perder o teu reino tão precioso.

Todo mundo correndo e eu bruscamente paro me segurando no batente da porta com uma sala cheia deles.

Eu: Então, seus líderes eram uns pervertidos, vocês meninas são seres humanos iguais eles, até melhores no momento, fecham a passagem principal se querem viver. Valeu!

Sai correndo até chegar ao Bonde. Meus pés doíam, minha cabeça ficava zumbindo

Pedro claramente abalado, correndo sem se importar, precisávamos antes de tudo pegar o carro e ir embora de lá.

Apesar da explosão não tinham tantos quantos eu achava, tinha até pouco pra uma barulheira daquela. O portão estava aberto, mas não poderia deixar aberto, todas as crianças lá teriam problemas. Allan me ajudou a empurrar um carro abandonado na frente do portão impossibilitando a entrada deles, eles resolveriam a saída depois.

Botamos tudo nos carros e seguimos em frente, o plano deu merda em muitos níveis, Gustavo morreu e a explosão machucou alguns, seja com fortes dores de cabeça ou até alguma coisa quando caiu.

Pedro tava muito mal e parecia estar em estado de choque.
Ficou chorando de olhos aberto e murmurando que odiava o velho.
Ninguém conseguia falar um a se quer. O horror que vimos naquele dia... foi assustador o nível que o ser humano consegue chegar quando não tem nada para o impedir.

Perda Total - História De Um Verdadeiro SobreviventeOnde histórias criam vida. Descubra agora