Quem diria que depois de dois anos eu atualizaria, hein?
•
O clima não estava tão frio, mas não tão quente, o que deixava um ar perfeito para estar fora de casa. E era isso que Buenos Aires estava fazendo, usando apenas uma camiseta branca e shorts vermelhos, seus cabelos loiros ondulados balançavam muito levemente com o vento, seus olhos azuis encaravam a tela de pintura.
Cuidadosamente, passava o pincel manchado de vermelho na tela, emoldurando uma grande flor de ceibo, com apenas o contorno pronto. Um dos suportes da tela de pintura estava com a grafite e borracha que usou para fazer o rascunho, e algumas embalagens pequenas de tintas.
RS - Que afudê!
A voz do gaúcho exclamou de repente. Buenos Aires teve um pequeno espasmo, e por instinto, imediatamente se virou para o lado, vendo Rio Grande do Sul, sorridente, vestido com uma camisa verde clara de manga longa que quase cobria suas mãos, uma calça de moletom branca e, em uma das mãos, uma xícara com fumaça saindo de dentro. Ao perceber o que havia feito, o gaúcho pôs uma das mãos sobre a boca.
RS - Foi mal, não quis te assustar!
O argentino olhou novamente para a tela de pintura, suspirando aliviado pelo desenho não ter borrado.
Buenos Aires - Tudo bem, não foi sua culpa.
Após a fala, Buenos Aires levou o pincel até a paleta de pintor, e melou a ponta do pincel na cor vermelha.
RS - Você é muito talentoso!
Disse enquanto observava o argentino deslizando o pincel pela tela, contornando o desenho da flor.
Buenos Aires - Ah, obrigado. É... Uma das coisas que eu mais gosto de fazer.
RS - Você já tentou vender?
Imediatamente após a fala, o argentino soltou uma pequena risada, quase debochada, ao mesmo tempo que incrédula.
Buenos Aires - Não, eu gosto de deixar no meu quarto, e às vezes eu até mesmo desenho nas paredes do meu quarto.
Sul o olhou intrigado, com a testa franzida.
RS - Nas paredes do seu quarto? E a sua mãe não reclama não?
O argentino negou com a cabeça, começando a pintar por dentro dos contornos da flor.
Buenos Aires - Ela até gosta, sempre elogia quando desenhamos, e apoia que a gente desenhe em tudo quanto é canto, até no balcão da cozinha!
RS - Heh, a gente tem muita coisa pra se acostumar ainda.
Passou a mão pelos cabelos loiros, olhando para seu canto esquerdo, encarando a grama do quintal, atraindo a atenção de Buenos Aires, que parou a pintura.
RS - Meu pai odeia que a gente rabisque as paredes, uma vez meus irmãos São Paulo e Minas Gerais desenharam na parede do muro de dentro da nossa antiga casa, e tchê, meu pai ficou puto! Além de cada um ter levado uma cinturãozada na mão, ainda tiveram que pintar o muro de novo!
O gaúcho riu nervoso, enquanto o outro o olhava um tanto quanto incrédulo.
RS - E tenho que admitir que eles fizeram um desenho muito bonito, mas até que o muro tava precisando de uma pintura nova.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Statehumans: Novos irmãos
FanfictionBrasil e Argentina acabaram se reconciliando, casando, e agora, seus filhos terão que aprender a conviver juntos, mesmo que a maioria deles não consiga...