No mesmo dia
Volto pra casa com Yuki, ambos exaustos e morrendo de fome.
- Ah! Nunca mais eu quero trabalhar. - Yuki abre a porta de casa.
- Você é uma vagabunda - Eu morri de rir.
- Olha quem fala, a maior puta desse mundo - Yuki gargalha.
Antes de responder, um carro preto parou na frente da nossa casa.
- Me espere lá dentro Yuki. - Eu digo e ele ficou hesitante.
Yuki olhou pro carro e depois pra mim, acenou e entrou em casa. O homem sai do carro já apontando a arma pra mim.
- Abaixe isso por favor... - sou cortada.
- Escuta aqui sua meretriz barata, eu quero o meu dinheiro!. - Ele gritou e eu abaixei a cabeça assustada.
- Eu ainda tenho duas semanas senhor... - Eu tento lembrá-lo.
- Ah, é! Você realmente tem... Mas cansei de esperar! Cadê o porra do meu dinheiro?. - Ele grita de novo.
Ouço o tocar do dedo no gatilho mas não puxa.
- Deixe-a, ou eu vou espalhar seus miolos pelo chão. - ouço a voz masculina.
Olho pra cima assustada, vendo o homem ainda com a arma apontada pra mim mas com Manjiro atrás dele com as mãos no bolso e a expressão calma.
O agiota olhou pra trás vendo Manjiro e parece ter paralisado.
- Senhor San... - ele iria dizer alguma outra coisa mas o Senhor Yushi deu um soco em sua boca rapidamente.
- Tome cuidado com o que você fala. - Foi frio e firme.
O homem ficou tonto e quase caiu, mas conseguiu o equilíbrio.
- Senhor, eu só estou cobrando o dinheiro para pagar minha dívida. - agiota respondeu.
Manjiro me encarou e olhou desconfiado, olhou com desdém pro homem tremendo em sua frente.
Ele ergueu a cabeça e olhou mais sério.
- Mete o pé. - ordenou.
- Mas... - É cortado brutalmente.
- Voa pombo! Não volte a perturbar essa mulher, arrume outro jeito de pagar a sua dívida - Respondeu Manjiro, cruzando os braços e tombou a cabeça pro lado com seu frio.
- Ok... - O homem parecia irritado, se curva levemente para o Sr. Manjiro e da uma olhada raivosa pra mim, indo embora em seguida.
Eu fiquei a observar tudo calada, meus olhos acompanham o agiota entrar em seu carro e da partida veloz.
Quem era o Manjiro? Ele meteu medo num agiota.
Olho pro Manjiro e ele tinha um olhar de superioridade e deboche.
- Tá se metendo em encrenca? Toma cuidado, o herói aqui não vai te salvar pra sempre. - seu tom era puro deboche enquanto sorria torto com um olhar frio como gelo.
Respirei fundo e mantive a calma.
- Muito obrigada, mas eu tinha todo o controle da situação. - eu sorri tentando ser o mais elegante possível.
- Não no meu ponto de vista - ele respondeu sorrindo.
- Então o senhor precisar de um exame de vista. - Eu digo, talvez eu tenha sido um pouco arrogante mas não ligo.
- Acho que quem precisa é você. - Manjiro se aproximou de mim.
- Não, estou enxergando tudo com clareza. - Estou começando a perder a minha paciência, e olha que eu tenho muita.
- Então você se faz de sonsa. - diz o platinado.
- Eu?. - perguntei confusa.
- Até um cego consegue ver o meu... interesse... - ele sorri ficando bem perto.
Me afasto lentamente, pronta pra dar um soco nele se tentasse algo. Me encurralou na porta e colou o corpo no meu, o cheiro da fragrância cara entrou nas minhas narinas e me arrepiou.
Ele segura com firmeza no meu quadril com as suas duas mãos, eu me senti fraca por algum motivo, como se a minha energia tivesse sido sugada por ele.
Tudo que eu conseguia sentir, era suas mãos quentes e grandes e um forte calor no meu ventre.
- Se afaste... - minha voz saiu arrastada e baixa.
Olhei pros olhos negros dele, que me olhava com luxúria e superioridade. Meu coração quase saiu pela boca quando ele lambeu os lábios enquanto olhava pra minha boca.
- Gostosa... - Manjiro sussurrou e levou as mãos até a minha cintura, dando um aperto forte e quente.
Eu não teria me enfurecido se não tivesse dado um sorriso debochado e se afastado de mim, me deixando puta! Mas não deixei visível.
Ah, fala sério S/n! Eu não acredito que esperei um beijo dele, ele é seu paciente, sua imbecil!.
- Bom... Me agradeça depois por ter bancado uma de "super-herói" - ele riu.
- A-ah... - eu fiquei quieta e mudei o assunto — O que o senhor veio fazer aqui?.
Manjiro molhou os lábios com a língua e me olhou em seguida.
- Vim dizer que fiquei desapontado, com o que aconteceu hoje de manhã. - ele respondeu, seu tom comum sério.
- Oh, me desculpe. Mas acho que a doutora Yuzuha Shiba o recebeu bem, certo? - eu pergunto.
Manjiro parece se lembrar de algo e deu um mini sorriso, olhou pro céu escuro e estrelado e depois de um tempo, pra mim novamente.
- Sim, mas eu pago pra você me atender e não a Shiba, ou outra doutora. - ele me diz, deu as costas e foi até a porta de seu carro.
- Eu sei bem, me perdoe mais uma vez - eu digo. — É que...
- Não quero desculpas, doutora. Eu quero o seu atendimento. - Ele abriu a porta do carro, mas não entrou, ficou olhando pra mim.
- Claro. - eu digo olhando no fundo dos olhos vazios e repleto de escuridão. — Até porque o senhor me paga muito bem pra isso.
- Que bom que está ciente disso, eu gasto uma "herança" com você, e só com você. - Manjiro disse me olhando na alma.
Ficamos em silêncio por um tempo, até eu ouvir uma pequena risada, eu o fitei com tudo.
- Você é uma pequena... - Ele deu uma pausa e entrou no carro, olhando pra mim pela janela —... Mercenária.
Após ouvir isso eu me surpreendo e ouço os pneus de seu carro cantarem e ele sair em alta velocidade.
Fiquei parada no mesmo lugar, processando o que ele disse.
- Ele... Ele me chamou de Mercenária? Ou eu ouvi errado?. - eu perguntei confusa pra mim mesma. — Que filho da puta!
Continua...
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝑴 𝒆 𝒓 𝒄 𝒆 𝒏 𝒂́ 𝒓 𝒊 𝒂 | 𝑴𝒂𝒏𝒋𝒊𝒓𝒐 𝑺𝒂𝒏𝒐
Adventure"ℕ𝕒̃𝕠 𝕡𝕠𝕤𝕤𝕠 𝕒𝕔𝕖𝕚𝕥𝕒𝕣, 𝕒 𝕟𝕠𝕤𝕤𝕒 𝕣𝕖𝕝𝕒𝕔̧𝕒̃𝕠 𝕖́ 𝕥𝕠𝕥𝕒𝕝𝕞𝕖𝕟𝕥𝕖 𝕡𝕣𝕠𝕗𝕚𝕤𝕤𝕚𝕠𝕟𝕒𝕝, 𝕤𝕠𝕞𝕠𝕤 𝕡𝕒𝕔𝕚𝕖𝕟𝕥𝕖 𝕖 𝕕𝕠𝕦𝕥𝕠𝕣𝕒. ℕ𝕒̃𝕠 𝕒𝕞𝕚𝕘𝕠𝕤, 𝕖 𝕟𝕖𝕞 𝕔𝕠𝕝𝕖𝕘𝕒𝕤" {Não aceito cópias, adaptações ou insp...