POV’S JIMIN
Eu estava à beira de um colapso. Me olhei no espelho várias vezes. Não que eu me importasse, afinal, tudo isso seria um teatro. Andei pesquisando sobre Jeon e descobri que o homem parecia um deus grego, Tinha olhos negros redendos, um sorriso cafajeste e seu cabelo chegava quase na altura de seus ombros… e eu tenho um fraco por homens cabeludos. Coloquei minha melhor roupa, uma blusa social branca, quase transparente e uma calça de alfaiataria bege; meu cabelo estava feito em forma de topete, de maneira que apenas alguns fios loiros caíam sobre minha testa. Eu havia treinado como me portar, decorei frases prontas, treinei um sorriso suave a tarde toda, e por causa disso minha bochecha estava doendo horrores, e até pesquisei um pouco sobre energia renovável e alguns tópicos que eu poderia citar. Acredito que Jungkook não curta muito Claude Monet ou Renoir. Acho que estou pronto. Não posso estragar tudo. Ok. Mãos à obra.
Peguei minha moto, uma Giorno rosa, era quase como um bichinho de estimação para mim e eu a chamava carinhosamente de Giule. Meu pai tinha pedido, quase implorado, para ir me deixar, mas se eu fosse de fato fazer isso, que fosse do meu jeito. Que fosse para tirar minha liberdade, mas que eu ao menos decida de que forma ela seria feita e seria na minha Giulie!
Cheguei ao restaurante e estacionei minha moto. Quando desci da garupa, uma Land Rover estacionou ali perto e dela desceu o meu pretendente. Ele era mais lindo ainda ao vivo e às cores. Também estava usando uma blusa social branca, mas a dele estava aberta deixando todo seu peitoral à mostra; com ela usava uma calça preta de algodão e ao invés de um cinto, usava suspensórios. Tirando o quê ele usava para segurar as calças, que era bem brega, Jeon estava divino! Ainda mais com o cabelo solto. Veio em minha direção, já que eu estava estático e criando raízes no chão, e fez uma pequena reverência. Retribui e depois de alguns minutos sem que nenhum dos dois se manifestasse, eu tomei coragem:
-É, uhum, acho que já podemos entrar no restaurante…
-Ah, sim, claro.- ele me deu passagem e enfim fomos até nossa mesa. Sentamos e pedimos a entrada e um Le Paradis, vinho argentino que quando você prova, se sente no Céu por alguns instantes de tão maravilhoso que é.
-Então, Park Jimin, imagino que saiba o que nos traz aqui, correto?- Jungkook pergunta um tanto receoso, esfregando suas mãos uma na outra.
-Sim, Sr. Jeon, sei que se trata apenas de negócios e que este encontro é apenas para que o contrato fique mais humanizado.- digo afiado e tomo um gole do vinho que o garçom acaba de servir. Jungkook parece um pouco impressionado com minha resposta, mas apenas falei a verdade. Sei que tanto ele, como eu, deseja que isso acabe de uma vez, somente o tempo necessário para que a querida empresa de meu pai se reerga.
-Que bom que já tem isso em mente, Park. E me chame apenas de Jungkook, não sou tão velho assim. E bem, o que faz na empresa de seu pai? É estagiário? Ouvi dizer que você faz faculdade, imagino que seja na área de…
-Não- o corto- faço Artes Visuais e ainda estou na metade do curso. Ainda procuro um estágio na minha área.
-Ah…sim…entendo. Minha irmã também faz faculdade em algo parecido. Ela faz Artes Cênicas, no CNSMDP, na França
-E o quê significa essa sigla?
-Conservatório Nacional Superior de Música e Dança de Paris.- nossas entradas chegam: uma tábua de frios e fatias de pães com manteiga de alecrim como acompanhamento. Jungkook pega um pouco de queijo gorgonzola e prova, o misturando com o líquido roxo.
-Deve ser bom ter um irmão. Se eu tivesse um, não estaria passando por isso..- meu tom de voz vai diminuindo aos poucos, mas Jeon escuta e se engasga com a bebida.
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𝐴𝑚𝑜𝑢𝑟 𝑃𝑙𝑎𝑠𝑡𝑖𝑞𝑢𝑒 ❤️🔥
RomansaA empresa Andrômeda Energy se vê à beira da falência, mas ainda há uma última esperança: um casamento arranjado. Park Jimin, único herdeiro da empresa, é obrigado por seu pai a se casar com Jeon Jungkook, primogênito e herdeiro da Hye Engineering. J...