Capítulo 2

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Observei o bar a minha frente, não tinha vindo nesse ainda. O ocorrido do menino loiro tinha acontecido a dois dias, nesses dias estive ocupado trabalhando na fábrica de calçados. Retirei o cigarro dos meus lábios, jogando em um canto qualquer do bar, meus olhos seguira para a placa escrito  "The Garrison" muitos comentavam sobre ele no meu trabalho. Arrumei meu sobretudo e entrei no estabelecimento, quando abri a porta fui recebido por gritos e vozes altas, muitos homens espalhados pelo o local. Andei em direção do homem que estava servindo as bebidas, sentado em um banco disponível na frente dele, logo um homem de aparência velha olhou para a minha figura.

"O que vai querer?", Ele perguntou, observando quando eu tirei minha boina preta e coloquei sobre o balcão.

"A bebida mais forte que tiver", respondi, olhando para o homem que foi em direção a prateleira cheia de bebidas. Em segundos um copo foi largado em minha frente, o líquido cor de urina, o cheiro forte fez minhas sobrancelhas franzir momentaneamente. Coloquei o copo em meus lábios, fechando os olhos e virando todo o líquido para dentro do meu corpo. Batendo o copo sobre o balcão e com a garganta queimando disse: "mais um".

Em momentos o copo foi preenchido, o velho que me atendia olhou com os olhos levemente arregalados para alguém que estava ao meu lado. "Posso ajudá-lo senhor Shelby?", Ele perguntou rapidamente.

"Um litro de uísque", a voz rouca e baixa disse. Olhei de canto de olhos para observar o homem, que reconheci ser Thomas Shelby, o homem mais temido da cidade. Thomas olhou na minha direção, seus olhos azuis intensos focados em meu rosto, admirei seu cabelo bem cortado, as maçãs do rosto marcadas, maxilar muito bem construído e seus lábios levemente carnudos. Voltei minha atenção para o copo cheio, respirei profundamente antes de toma-lo de um vez. "Primeira vez aqui?", Thomas perguntou, eu olhei na direção dele, confuso se ele estava falando comigo ou não. Meus olhos voltaram novamente para o belo homem, logo percebendo que ele ainda estava olhando para o meu rosto.

"Sim", respondi, observando ele pegar a garrafa de uísque e colocar um nota de dinheiro sobre o balcão, com um toque em meu ombro ele disse para o atendente.

"De mais um copo para esse homem", Thomas Shelby disse, recebendo um aceno rápido do senhor, o chefe dos Peaky Blinders, olhou em minha direção e falou: "seja bem vindo ao Garrison", e saiu pela a porta do bar. Meu cérebro tentou processar o que tinha acontecido, mas cansei de pensar, peguei o copo cheia de um líquido que eu não sabia o que era, e mandei para dentro do meu organismo.

Abri meus olhos, senti eles passados. Com um gemido ergui meu corpo que estava dolorido, olhei ao meu redor e percebi que tinha dormido sobre o sofá velho da minha casa. Minhas costas doíam, uma dor latejante percorreu minha cabeça. Outro gemido de dor saiu dos meus lábios, me apoie em minhas próprias pernas antes de me colocar de pé. Caminhei em direção do banheiro, parando em frente do meu pequeno espelho, olhei para o meu rosto acabado, meus cabelos espalhados para cada lado, e minha roupa toda amarrotada.  Me virei na direção de um pequeno balcão, que tinha uma bacia de água, peguei em minhas mãos a água gelada e joguei sobre o meu rosto. Lavando a boca para manter um bom hálito, arrumando meu cabelo rapidamente, meus dedos tocaram o bolso interno do meu sobretudo, encontrando um relógio de bolso, retirando-o e vendo que faltava menos de uma hora para ter que ir trabalhar.

Andei com pressa para dentro da fábrica, meus olhos focando em meus pés. Minhas roupas era apropriadas paga o trabalho, era uma calça confortável que era para ser branca, mas estava amarelada, junto com a camisa branca manchada. Sentei no meu lugar, observado os calçados que eram colocados em minha frente, meu trabalho era simples, olhar se eles tinham algum defeito.

"É bom recebê-lo, senhor Shelby", a voz que eu odiava surgiu, nem olhei para trás para saber que meu patrão estava aqui na fábrica e com um acompanhante. Olhei de canto e percebi que Thomas Shelby estava aqui, meu chefe falava sobre a fábrica e que seria bom que Thomas Shelby se tornasse sócio de tudo. Meus lábios se apertaram, várias dúvidas em minha mente, por qual motivo os Peaky Blinders queriam ter envolvimento com uma fábrica de calçados?, Uma gangue que vendia drogas para qualquer um, só se eles estiverem tentado limpar de alguma forma o dinheiro, balancei a cabeça lentamente, concordando internamente comigo mesmo.

"O que você está fazendo seu idiota?", A voz ríspida do meu chefe chamou minha atenção, erguendo meus olhos do calçado a minha frente, enxerguei Thomas e meu chefe olhado para mim.

Meus olhos se moveram surpresos em direção do homem de olhos azuis, sua aparência impecável chamou minha atenção, era como se ele não tivesse um momento em que está ruim.

Parando de nós encarar quando o meu chefe saiu divagando muitas coisas para serem compreendidas. Em alguns momentos percebi que Thomas olhava na minha direção, ou poderia ser loucura minha.

Não podia negar que Thomas Shelby, o líder da gangue que toda a cidade tinha medo, era um homem bonito, que chamava a atenção até dos homens. Sua elegância e aparência que me fazia ter vontade de conhecê-lo de uma maneira mais interessante.

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