Midnight Rain ||| Regulus Black

Not because he owns me.

Nota da autora:

Esse capítulo será dividido em dois atos, o primeiro terá se passado antes de Regulus fazer a marca negra, e o segundo um tempo depois.

Boa leitura!

Ato 1

No dia que antecedia a viagem para as férias de inverno, eu e Regulus decidimos fazer um encontro novamente em Hogesmead, sendo que, dessa vez, era nos Três Vassouras.

Esse foi um dos dias mais felizes da minha vida, simplesmente porque foi puro, porque foi com ele. E porque foi antes de tudo acontecer, da marca negra acontecer.

Fomos logo cedinho, e ficamos passeando pelas lojas, Regulus comprou doces para mim e não me deixou gastar dinheiro com nada. Eu protestei apenas uma vez, mas então decidi e o deixei gastar o dinheiro, afinal, ele faz parte de uma das famílias mais ricas da Grã Bretanha e eu sou só uma mera cidadã bruxa comum.

Se ele quiser gastar dinheiro da família facista dele comigo, por mim tudo bem, pelo menos vai estar dando alguma utilidade pras cédulas sujas.

Quando chegamos no Três Vassouras, aconchegamo-nos numa mesa no canto, mais escondida pois queríamos ficar sozinhos, só eu e ele.

— Você precisa mesmo ir? — O questionei uma última vez, sobre onde passaria as férias de inverno. vNão pode mesmo ficar aqui? A gente pode estudar, todo dia, pra sua família não achar que você vai ficar burro do nada...

Ele sorriu, colocando as mãos por cima da mesa.

— Nunca passo nenhum Natal em Hogwarts, Hydra. Minha família não permite.

— E se você simplesmente não pegasse o trem? Inventa que perdeu a hora.

— Então minha mãe vem e me arrasta pelos cabelos.—Ele falou distraído, me fazendo arrancar uma risada.

—  Essa minha sogra é bem rígida não é? —Perguntei com um sorriso no rosto, dando um gole na cerveja amanteigada.

Seu rosto se iluminou.

— Sua sogra é?

— Futura sogra. — Corrigi.

Ele negou divertido e passou a mão pelos cabelos pretos, jogando as ondas para fora do rosto.

— E a minha futura sogra, como é?— Ele questionou curioso.—Nunca me falou dela.

— Ah... - Falei, tentando pensar.— Ela é... normal? Eu acho, é uma mãe normal, me ama, me da presentes, dá carinho.

Ele sorriu sem mostrar os dentes.

— Eu não sei bem o que é ter uma mãe normal, me conta mais. -Pediu com cautela.

— Ela me contava histórias toda noite antes de dormir, ela inventada as próprias histórias sobre magia, criaturas estranhas e seres com poderes, acho que eu gostava porque inconscientemente eu sabia que magia era real, e que ela estava dentro de mim. Ela brincava comigo de Barbie e gostávamos de fazer penteados umas nas outras.

— Eu fazia isso também. —Ele relata, como se fosse um grande segredo.— Eu trançava o cabelo de Sirius e ele o meu, mesmo nenhum de nós tendo cabelo muito grande na época, fazíamos o que podíamos para passar o tempo.

— Vou dizer pra Sirius que você quer brincar de mexer naquele cabelão longo dele. — Ameaço sorrindo.

Ele fechou as sobrancelhas e firmou a voz.