Cowboy Like Me × Pedro Pascal [+18]

Capítulo 15.

[Recomendo que vocês escutem a música Space Cowboy da Kacey Musgraves]

•AMANDA•

Ele usou a desculpa de que iria visitar um amigo, fez as malas e sumiu.

Amanda passou a noite olhando pela janela do quarto, pensando que iria ver a velha caminhonete subindo a estrada, trazendo Pedro de volta para ela...

Isso não acontece.

O sol surge no horizonte, colorindo o céu com azul claro. Ela queria ter como falar com ele, alguma forma de ligar e só ouvir a voz dele.

Mas ele precisa de espaço. Então é isso que ela vai dar, apesar de estar se sentindo péssima.

Amanda sabe o próprio lugar e não parece que é com ele. Talvez ela o veja de novo, em algum momento...

Um pôr do sol desaparece, assim como um amor. E eles tiveram dias de sol, mas agora... Não faz sentido fechar os portões quando um cavalo quer correr.

Ela deveria ter aprendido com os filmes de faroeste que já viu. Botas não foram feitas para ficar ao lado da porta e os caras bons nunca fogem.

Amanda se abraça, ainda vendo o sol subir no horizonte. Ela perdeu a corrida do ouro, agora só resta voltar para casa, em uma estrada que parece que não foi feita para ser percorrida.

Fechando os olhos, ela se pega imaginando Pedro. Os pensamentos sussurram um recado para ele:

Você pode ter seu espaço, cowboy.

🌿

•PEDRO•

Ele pousa na Itália com os ombros pesados e olheiras horríveis.

Pedro não dorme desde a fatídica tarde que passou com Amanda. Tudo bem, não fatídica. A tarde foi maravilhosa, ele admite isso. Foi a melhor tarde da vida dele.

Ainda consegue sentir o cheiro de Amanda, consegue ouvir os gemidos e a visualiza nua, na cama, toda vez que fecha os olhos.

E é por isso que ainda não dormiu. Toda vez que fecha os olhos, toda maldita vez...

Ele pega a mala na esteira com uma brutalidade fora do normal. O estresse tem o consumido. Principalmente depois que viu Amanda beijando Easton na estufa. Pedro sabe que foi só para as câmeras, mas ainda assim, ficou fora de si.

Aqueles lábios deveriam ser uma exclusividade dele.

Pedro arrasta a mala até o lado de fora do aeroporto, procurando pelo carro muito velho e muito azul do amigo.

Oliver está parado do outro lado do estacionamento, sentado em cima do capô, usando óculos escuros e um boné. Ele acena freneticamente quando vê Pedro, gritando pelo amigo.

- E lá vamos nós. - Ele murmura, atravessando o estacionamento

Oliver o puxa para um abraço assim que ele se aproxima, dizendo o quanto sentiu a falta do amigo.

Homens e seus hábitos calorosos.

Pedro se afasta dele, indo até o porta malas e jogando a bagagem lá dentro.

- Me leve logo para o fim de mundo onde você mora. - Ele diz para Oliver.

- E você mora no centro da cidade, não é? - Ele debocha, entrando no carro.