Ana e Christian tiveram relacionamentos conturbados e estressantes, os fazendo desacreditar do bem que uma relação pode fazer, a ponto do destino intervir entre eles. Eles vão se encontrar, se esbarar, se amar, e sequer vão perceber.
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"Eu estava subindo os degraus da varanda depois que tudo naquele dia tinha dado errado ou sido ignorado, e perdido e jogado fora fui pelo corredor, bem no caminho para minha amada cama e quase não notei que a única coisa que eu queria era você lá."
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A terceira vez dizem que é a da sorte, e talvez para Christian e Ana fizesse jus ao ditado. Parecia que toda força e substância do universo já estava conspirando mesmo a favor deles e seus encontros.
Só que na terceira vez, a escolha deles também foi levada em conta.
Ana havia terminado um trabalho na biblioteca na faculdade naquela quinta feira, era finalzinho da tarde e havia uma chuvinha chata caindo por Seattle naquele meado de primavera, e o estacionamento do campus estava molhado e vazio naquele momento pois as aulas da manhã ja haviam terminado e as da noite ainda estavam longe de começarem. Ela abriu o guarda-chuva que sempre levava na mochila e caminhou a passos lentos em direção ao próprio carro, que vendo agora sem mais quase nenhum pelo espaço, estava longe da entrada.
_ Porra! - um xingamento alto e resmungado foi ditado ao seu lado, a fazendo se virar para quem fosse porque sentiu um certo comichão ao que seu coração e sua mente identificou o dono da voz. - Mas que caralho tem que cair tudo!
Ela precisou pressionar os lábios um contra o outro para não rir, achando a cena engraçada, mas sabendo que para o outro não era nem um pouco. Ele havia derrubado um livro de sua mão, e com eles caíram algumas folhas de papel. Christian se abaixou para pegá-las, estranhando a chuva que começava a apertar parar de cair em seu corpo. Se dignando a olhar para cima apenas quando terminou de pegar o material, sentindo seu coração bater diferente quando seus olhos admiraram o rosto de Ana de pé ao seu lado, segurando o guarda-chuva sobre os dois e aguardando pacientemente que ele terminasse.
Ele se levantou, ajeitando o livro e as folhas parcialmente molhadas sobre ele e então cumprimentando a garota.
_ Valeu' - murmurou apontando para o guarda-chuva.
A chuva agora caía ainda mais forte, e Ana teve que esticar um pouco o braço para conseguir segurar a sombrinha acima da cabeça de Christian também com ele de pé.
_ Sem problemas - respondeu. - Por que está aqui a essa hora? - questionou curiosa.
Christian estudava a noite, ele deveria estar ali dali há algumas horas apenas. Mas ele suspirou e balançou a cabeça.
_ Tive que repor uma aula e só tinha de manhã, aproveitei para assistir a da noite também assim não preciso voltar hoje de novo - respondeu.
Ana assentiu.
Ele abriu a porta do carona no carro e colocou as coisas que carregava enquanto a morena segurava o guarda chuva sobre suas cabeças.
_ Ah, eu achei sua calcinha - ele comentou, acabando por xingar baixinho e olhar em volta ao perceber que havia falado muito alto. Por sorte não tinha ninguém. - Foi mal.
