Only Angel | Aziracrow

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Song: Infinity - One Direction

"Ei, Anjo, você sabe as razões pelas quais olhamos para o céu?"

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Às vezes Crowley se pegava pensando em como tudo aquilo começou. Desde quando era apaixonado perdidamente pelo anjo bondoso que sorria para os quatro cantos do mundo e exalava um brilho genuíno? Quando foi que começou a reparar nos pequenos detalhes do seu rosto? Das pintas que desciam por seu pescoço e uma marca angelical no pulso? Quando começou a amar o conjunto de tudo aquilo que Aziraphale era? Um anjo, um maldito anjo.

Lados opostos…

O demônio sempre lembrava que eles viviam em uma constante guerra de poder, mesmo encontrando um lado deles. Não era para ninguém desconfiar, mas certamente nunca foram tão discretos quanto achavam. Até os patos da St. James 's Park já sabiam. Quem dirá Deus e os anjos e demônios malditos! Mas Aziraphale sabia dos riscos, Crowley os vivia constantemente, e fora pego em uma mentira imperdoável. Laços com o oposto? Quem diria que um anjo e um demônio iriam se apaixonar em meio a toda criação?

— Olha, acho que devemos conversar sobre...isso – a voz suave do anjo ressoou pelos ouvidos atentos do demônio, que o observava curioso, finalmente o fitava.

— O que significa isso, exatamente? – disse Crowley, enquanto levava a taça de vinho aos lábios pequenos e finos. O gosto do líquido desceu amargo em sua garganta.

Aziraphale parecia perdido.

— Nós, eu acho. Você sabe, hm...tudo o que vivemos – ele engoliu a seco, o olhar examinador de Crowley o deixava nervoso.

— Pensei que tivesse terminado comigo – os olhos do demônio abaixaram para os dedos pequenos e gordos do anjo, que seguravam firmes o guardanapo. — Eu me lembro bem de ir embora no meu carro depois que concordamos em discordar sobre ir embora para um sistema estelar qualquer aí.

O anjo observava o anelar do demônio passar sobre a borda da taça, e então a memória de um término o abateu como o peso do mundo nas costas de Atlas. Foi só um fio descascado para uma corda inteira.

...

"Crowley estacionava o carro em frente à biblioteca do anjo, com uma epifania esbaforida e expressão contrariada.

- Anjo! Foi mal...tudo o que eu disse, foi sem querer.

Ele andava pela calçada em busca de aproximação com o anjo - confuso.

- Por favor, tô tentando me desculpar, está bem? Agora entra no carro - ele deu um sorriso sem graça, esperando ser ouvido.

- O quê? Não - disse o anjo um tanto assustado.

- As forças do inferno descobriram que foi culpa minha, mas podemos fugir juntos. Vamos pra Alpha Centauri!¹ Tem muito planeta lá em cima, ninguém vai notar.

- Crowley, você está sendo um ridículo. O-olhe, Eu tenho certeza de que, se eu falar com as pessoas certas, posso resolver isso.

- Não existe isso da pessoa certa. Só tem Deus, agindo de modo misterioso e sem falar nada para nenhum de nós!

- É verdade. Por isso, vou falar com o Todo-Poderoso aí o Todo-Poderoso vai resolver.

- Isso não vai acontecer. Você é muito esperto, como alguém tão esperto pode ser tão idiota?