capítulo 14: um tempo juntos

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Jason

No momento que toquei os lábios dela, eu não consegui parar.

Porra, aquilo era melhor do que imaginei.

Nem em meus melhores sonhos eu poderia imaginar como era bom beijar Raylee Simmons até realmente beijá-la.

Muito mais do que sonhei.

No primeiro momento, ela ficou estarrecida, e apenas pressionei os lábios contra os dela.

Mas em seguida...

Ela suspirou e entreabriu os lábios para mim. Deu passagem para minha língua sedenta e então...

Eu a devorei.

Sim, estava faminto.

Eu movia meus lábios contra os dela, sentindo-a bastante receptiva a mim.

As mãos delicadas dela foram parar em meus ombros e me acomodei melhor sobre o seu corpo para que pudesse beijá-la de maneira mais acessível.

E consegui.

O gosto dos lábios dela era viciante.

E não consegui parar.

Era incrível poder finalmente beijar meu pão de mel. Doce como o mel. Sim, ela era doce e quente.

E pelo jeito estava apreciando meu ataque.

Sem fôlego, deixei seus lábios inchados para encontrar seu pescoço macio e então beijei aquela área, ouvindo os suspiros suaves de Raylee. Suas mãos continuavam em meu ombro.

Segundos depois, não resisti e voltei a atacar seus lábios. E ela foi bem receptiva ao beijo, então minha língua adentrou seus lábios macios e o beijo se tornou mais intenso.

— Jason... — ela estava ofegante quando me afastei por falta de fôlego.

Encarei seu rosto; a respiração também ofegante.

— Eu... — suspirei. — Você não gostou? Desculpa. Quer que...

— Shiu. — levou seus dedos até meus lábios, sorrindo; os olhos brilhantes. — Eu gostei muito, então não precisa pedir desculpa. Eu amei. — confessou; o rosto vermelho.

Sorri.

Porra, eu estava sorrindo como um idiota, mas não me importei.

Nesse caso, voltei a beijar meu pão de mel.

Minha doce Raylee.





#*#





Raylee

Nos próximos dias, eu estava radiante.

Eu me sentia uma nova garota, experimentando o melhor da adolescência. Sentia-me tímida e feliz sempre que recordava os beijos na praia; beijos irresistíveis de Jason.

Eu não poderia esquecer.

Eu não o vi nos dias mais próximos, já que ele tinha trabalho e também estava ocupado com sua banda. De qualquer forma, eu finalmente o vi em um sábado. E tivemos prática de moto novamente.

Dessa vez, eu estava muito melhor. A insegurança sobre pilotar desapareceu e confesso que a presença de Jason ajudava nisso. Além disso, poderíamos nos beijar a cada minuto e eu apreciava isso.

Era maravilhoso.

Com o passar dos dias, nos tornamos bem mais próximos. Mais do que amigos, talvez, mas ainda não namorávamos. Não que eu não quisesse, mas estava esperando uma iniciativa do Jason.

— Vamos lá! Nosso acampamento será incrível. — mamãe disse entusiasmada.

Papai também iria, além de Ayden.

— Tem certeza que não quer vir conosco? — ela me encarou um pouco triste.

— Vou ficar por aqui mesmo, mãe. Tenho uma pintura pra finalizar. Além disso, a senhora sabe que não sou muito fã de acampamentos na floresta.

— Eu sei, mas da próxima você pode vir conosco.

— Vou pensar. — sorri. — Bom acampamento!

E então eles saíram; completamente animados.

Naquele momento eu tinha apenas a companhia de alguns funcionários e do meu irmão. Em breve todos sairiam também.

— Vou pra casa da Lila. — disse Matthew, descendo as escadas com uma mochila. Lila era sua namorada. — Estarei de volta amanhã, um pouco antes do almoço. Tudo bem pra você sobre ficar aqui sozinha?

— Tudo ok, Matt. Pode ir tranquilo. — dei de ombros, voltando os olhos para o meu livro.

Ele se despediu antes de sair.

Soltei um suspiro, olhando em volta.

Bom, era estranho não ter a presença da minha família ali, mas até que eu não odiava ficar sozinha. Em breve os funcionários também iriam pra suas casas, para que pudessem aproveitar a folga.

Terminei de ler alguns capítulos de Instrumentos Mortais antes de subir as escadas até o estúdio. Decidi passar aquela manhã ali, distraindo-me com a pintura.

Durante o almoço, esquentei algo para comer. Depois da refeição, segui para a área da piscina com um pote de sorvete.

Fiquei por ali, descansando e mexendo no celular enquanto provava a sobremesa gelada.

Meu aparelho vibrou com uma ligação, segundos depois.

— Jason. — sussurrei animada.

— Oi. — atendi.

— E aí, pão de mel. O que está fazendo?

— Apenas mexendo no celular e comendo sorvete. Estou sozinha na mansão, já que meus pais foram para um acampamento na floresta e meu irmão foi dormir na casa da namorada dele. E os funcionários terão o dia de folga.

— Mesmo?

— Sim. Todo mundo só vêm para casa amanhã.

— Ótimo! — não entendi muito sua animação e então ele disse. — Isso parece bom. Nesse caso, que tal sair comigo hoje?

Eu me surpreendi com suas palavras.

— Sair? Pra onde? — não escondi a animação na voz.

— Já foi a uma corrida de motos? — questionou.

Entendi na hora.

— Clandestina?

— Isso.

— Só vi isso em filmes. Não é perigoso?

— Sim, mas dessa vez não estarei correndo e quero muito que você veja a corrida comigo. Depois podemos passear pela cidade de moto. Você quer?

Céus! Participar de uma corrida ilegal me parece perigoso. Na verdade, meus pais me matariam se soubessem que eu estava em uma, mas eles não estavam em casa, então...

— Vou com você.

— Legal. — consegui notar a animação em sua voz. — Vou te buscar, então. Pode ser?

— Claro. Obrigada. — eu disse empolgada para vê-lo. — Quero muito te ver. — eu disse antes que pudesse evitar e meu rosto esquentou ao imaginar como Jason reagiu.

— Também quero te ver. — disse; a voz carregada de significados.

Sorri sem poder conter a satisfação.








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