capítulo 21: recomeço

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Jason

Seguimos para Michigan minutos depois.

Eu imaginava as consequências que viriam com isso, mas no momento só pensava em manter Raylee para mim e não permitir que ninguém nos afastasse.

Porra! Ela era minha e isso já era um fato.

Minha garota e nada poderia mudar isso.

Meus amigos já estavam a par de tudo.

De qualquer forma, eu não passaria muito tempo em Michigan. Só até as coisas se esfriarem.

Meus pais já sabiam que eu estava indo para lá e é claro que ficaram preocupados, considerando a idade de Raylee e todo o resto. Mesmo assim a receberam bem e gostaram dela. Quem não gostaria? Raylee era uma pessoa incrível.

Mesmo com as circunstâncias sombrias, as coisas iam bem.

E eu tinha a chance de dormir com Raylee em um quarto espaçoso. Não tinha porquê eu ficar longe agora que já tínhamos feito sexo. E ali, durante várias noites, transamos de maneira desenfreada e de modo a não alertar o restante da casa. Naquele quarto, eu a tinha em várias posições, de maneira brusca e às vezes de forma mais contida. Era a melhor parte do dia.

Tivemos nossa própria lua de mel e Raylee aparentemente adorava. E eu me sentia bem em saber que ela me pertencia; em saber que era só minha.

Minha mulher.

Perto de completar dois meses, meu sogrinho nos encontrou.

O velho contratou investigadores experientes, que chegaram até nós em Michigan. De alguma forma, conseguiram nos rastrear.

E Raylee temeu pelo nosso relacionamento. Eu também me senti da mesma forma.

— Tive que envolver a polícia nisso, rapaz. — o senhor Simmons me encarou com um semblante cheio de ameaça.

Sustentei o olhar, sentindo as mãos de Raylee contra mim.

Ela tinha um olhar assustado e implorou ao pai para que não me fizesse mal.

De pé naquela sala de estar eu encarei o homem parado ali.

— Não faça nenhum mal ao Jason, papai. Não vou te perdoar. Eu o amo. — meu pão de mel me abraçou e seu pai desceu seu olhar para o gesto.

A mãe de Raylee também estava por perto e nos encarava com preocupação.

— Eu nunca fiz mal nenhum a sua filha. Quero algo sério com ela.

— Quer algo sério raptando-a?

— Eu não a obriguei. Agi assim diante das circunstâncias desfavoráveis. O senhor queria afastá-la de mim. E não pude apenas ficar de braços cruzados. Amo sua filha. E lutei por ela. Continuarei lutando até o fim.

— Eu o amo também, papai. E não vou ficar longe dele. Se tentar nos afastar, você apenas me deixará muito infeliz. — Raylee disse em lágrimas. — Não faça uma besteira. Não me impeça de ser feliz.

— Filha...

— Vamos esclarecer as coisas. — eu disse com firmeza, ganhando o seu olhar incerto.

O homem hesitou antes de assentir.

— Ok. Vou ouvir tudo o que tem a dizer.

E nos próximos minutos, eu tentei convencê-lo de que tinha boas intenções com sua filha, que era responsável e que ele não poderia me julgar apenas pela minha aparência. Raylee também defendeu seu ponto e a expressão do homem suavizou. Para minha surpresa, meus pais acabaram aparecendo para me defender e isso ajudou bastante.

No final, o senhor Simmons pareceu ficar mais tranquilo. E sua esposa também.

— Estou vendo que não posso fazer mais nada quanto a isso. — ele suspirou com descontentamento. — De qualquer forma, só quero vê-la feliz, minha filha. Peço desculpas por minhas atitudes inconvenientes. — ele encarou Raylee. — Se quer mesmo namorar esse rapaz, só posso desejar que sejam felizes. — outro suspiro e então Raylee esboçou um sorriso emocionado.

Em seguida, ela abraçou os pais e tudo pareceu se acertar.

E eu...

Fiquei extremamente feliz com aquilo.

Ver Raylee feliz trouxe-me sensações muito boas.

Ver que tudo estava correndo bem, deixou-me muito satisfeito.




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