capítulo 15: corrida clandestina

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Durante a noite, eu me arrumei sem pressa.

Vesti uma saia preta e blusa de renda, com mangas compridas, da cor vinho. Calcei meus tênis e saí de casa após trancar tudo. Eu levava comigo uma bolsinha onde guardei o celular e mais algumas coisas. Tudo estava ok.

Sorri no momento que encontrei Jason lá fora. 

Ele sorriu de volta e então subi em sua garupa. Partimos em seguida e a brisa noturna nos envolveu durante a pequena viajem. Foi divertido e eu sorri contra sua jaqueta conforme ele pilotava.

Em alguns minutos, chegamos a um local meio deserto. Havia poucas casas por ali e muita área verde. Ouvi o barulho de motores de carros e motos, além de ruídos que se assemelhavam a vozes animadas.

E pude constatar a grande movimentação no momento que Jason adentrou o espaço e estacionou sua moto perto de outras.

Desci e esperei que ele fizesse o mesmo, antes de caminharmos em direção a algumas pessoas.

Reconheci alguns meninos da banda imediatamente. As demais pessoas eu nunca tinha visto antes.

Jason os cumprimentou e fiz o mesmo. Depois ficamos apenas por ali.

Jason me abraçou por trás e esperamos que a corrida começasse.

E não demorou.

Em alguns minutos, a corrida de motos teve início e nos posicionamos na lateral da rua.

Os pilotos partiram em alta velocidade em seguida e senti a adrenalina me envolver apenas com a cena.

Jason sorriu, animado com o que estava vendo, e eu o abracei, apenas apreciando sua companhia.






#*#





A primeira corrida terminou minutos depois e a corrida de carros estava prestes a começar.

Decidimos ficar para ver, mas algo inesperado aconteceu em algum momento.

Barulho de tiros.

Sirenes.

Caos.

Senti meu coração acelerar no momento que identifiquei o que estava acontecendo e Jason me encarou com apreensão.

— Porra! A polícia! — resmungou.

Ampliei meus olhos, nervosa.

Jason apertou a mandíbula, tenso.

Sem hesitar ele pegou minha mão e me puxou em direção a sua motocicleta.

Fomos bem rápidos, então montei na moto quando ele acionou o motor e partimos para longe dali imediatamente. Percebi que Jason pegou outro caminho: uma espécie de atalho para evitar a polícia.

Eu estava muito nervosa enquanto ele pilotava, mas me senti aliviada no momento que ficamos longe do perigo.

Muito aliviada.

Soltei um suspiro de alívio, sentindo que Jason estava menos tenso.

— Quase nos pegaram. — ele gritou para ser ouvido, ainda olhando para a frente e pilotando.

— Sim, mas que bom que você foi rápido e é um ótimo piloto. — elogiei, soltando a respiração que estava prendendo.

— Obrigado pelo elogio e perdão por te colocar em risco, pão de mel. — disse.

— Por nada e não precisa se desculpar. — encostei meu rosto em sua jaqueta, apenas apreciando o perfume masculino. — Gostei do nosso passeio, mesmo quase tendo sido presa.

Consegui ouvir sua risada.

Ele continuou pilotando e, por conta do horário, o fluxo de veículos por ali não era grande.

Em algum momento, Jason pegou uma rota conhecida e apenas fiquei surpresa. Mesmo assim eu não disse nada e apenas deixei que ele nos levasse para onde queria.

E então chegamos.

Casa de Jason.

Ele nos levou para sua casa.

Após alguns segundos, desci da moto.

Jason tinha um olhar intenso sobre mim.

— Vem comigo? — disse; a voz rouca.

Confiando nele, peguei sua mão e o acompanhei para dentro da casa.

Ele fechou a porta atrás de nos.

Minhas mãos tremiam levemente, mas isso desapareceu quando Jason me puxou para si e então...

Ele me beijou.

Era um beijo sedento e gostoso; cheio de sentimentos. E apenas me rendi, levando minhas mãos até seu torso.

Ele me apertou contra si, de modo que meus seios fossem pressionados por seu peito.

— Você é muito linda. — disse, decidindo beijar meu maxilar e pescoço.

Suspirei, sentindo seus lábios em meu pescoço.

De um segundo para o outro, estávamos no sofá.

Jason estava por cima de mim enquanto sua língua passeava pela minha boca e suas mãos tocavam meu corpo já em chamas.

Senti seus beijos descendo para meu busto. Ele voltou para meu pescoço, correndo sua mão por minha barriga e então voltou a me beijar na boca.

Aquilo era tão bom.

Eu só queria aproveitar.

Corei no momento que percebi algo duro contra minha barriga e imaginei que Jason estava excitado. De acordo com os livros de romance que já li e algumas aulas de Biologia, ele estava tendo uma ereção por minha causa.

Quase entrei em combustão pelo constrangimento.

Mesmo assim eu estava em chamas. Sentia meu corpo queimando de desejo e então Jason parou de me beijar minutos depois.

Ele me encarou; a respiração ofegante. A minha também estava.

— Eu não vou apressar as coisas entre nós, se você não quiser. — disse. — Quer transar comigo? — foi direto.

Corei imediatamente.

Eu queria? Uma parte enorme de mim queria, mas... outra parte foi tomada pelo medo. Eu poderia apenas perder minha virgindade naquele sofá? Mas era com Jason, então...

— Eu quero muito, mas sou virgem. — disse sem jeito, surpreendendo-o. — Nesse caso...

— Ainda não está pronta? — assenti e ele suspirou.

— Ok. Eu te entendo, pão de mel.

Estava prestes a sair de cima de mim, quando o segurei.

Seu olhar se tornou surpreso.

— Podemos nos beijar? — meu rosto estava vermelho e ele sorriu; o olhar cheio de malícia.

— Claro, meu pão de mel. Seu desejo é uma ordem.

Sorri no momento que ele grudou nossos lábios novamente. 






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