− 013! – Acordei com algo sendo jogado em cima de mim – Finalmente, pensei que você nunca mais ia acordar.
− Eu estava cochilando gelinho – Retirei o envelope que ele tinha jogado.
− É geada!
− Claro "geada" – Sorri.
− Para com isso, ele já morreu então eu posso usar o nome dele.
− É claro − Assenti.
Já faz dois meses desde que eu vim parar aqui.
Ele... o geada me salvou.
Naquela noite, quando finalmente cheguei na cidade, estava na periferia, ele me viu sangrando e perguntou se eu precisava de ajuda e de um lugar para ficar.
Digo, estou vivo graças a ele, mas eu tenho que trabalhar como uma espécie de guarda-costas agora. Não qualquer guarda-costas. Trabalho em uma agência que só aceitam pessoas superdotados. Nossos serviços variam já que aqueles que nos contratam podem ser políticos ou até mesmo vilões, e claro, existem algumas regras a serem seguidas.
Por exemplo, somos rígidos com horários e assim que nosso "horário de trabalho" acaba, digamos que nós podemos simplesmente deixar o cliente onde está e ir embora, pois o número de horas que passamos trabalhando é de acordo com nosso pagamento, mas é claro que temos a decência de acompanhá-lo até o fim, menos quando envolve super-heróis, já que se formos pegos protegendo algum vilão, é prisão na certa, a agência não se responsabiliza.
Outro ponto é que não podemos simplesmente largar o emprego, temos que trazer outro superdotado para nos substituir como geada fez comigo. Então passa-se um período de dois meses testando o novo afiliado, no caso eu, e o gelinho vai poder ir embora. Por falar nisso, hoje é o último dia desse prazo de dois meses.
Abro o envelope que ele me deu, vamos ser guarda costas de um chefão do tráfico hoje à noite durante um carregamento de armas feitas a base de substâncias alienígenas.
Alienígenas... ainda não me acostumei e ainda não acredito que estou no universo da DC.
Eu vi no noticiário, mulher maravilha, Superman, Batman, flash, entre outros muitos super-heróis.
Mas o que me deixa mais surpreso é minha semelhança com a mulher maravilha, eu sou tipo uma versão mais nova e masculina dela, tirando os meus olhos, que são de uma tonalidade azul diferente.
− Quem mais vai além de nós? – Perguntei.
− Cyan e a alquimista.
− Vai ser tudo tranquilo né? É seu último dia, afinal de contas.
− É um serviço simples, levanta e ajeita sua máscara, se ela cair e os outros te virem...
− Entendi, manter a identidade em segredo.
Eu nem sequer sou registrado em nenhum banco de dados, duvido que saibam quem eu sou.
Ajeito minha máscara.
Eu não tenho uma roupa de trabalho ou uniforme igual aos outros, só uso uma bermuda, um moletom e um máscara com dois furos para os olhos que cobre todo o meu rosto. Geada desenhou um sorriso com giz, ele disse que ficava mais amigável, mas na minha opinião ficou mais assustador.
− Eles já estão nos esperando na garagem, vamos.
Descemos as escadas e encontramos os dois já dentro da kombi que nos levaria até o local combinado.
− Vocês estão atrasados – Alquimista falou no volante.
A alquimista era um poço de bipolaridade, devia ter uns trinta anos e era um gênio produzindo explosivos e qualquer tipo de dispositivo tecnológico, além de conseguir liberar diferentes venenos do corpo dela, não sei bem como funciona, mas me lembro de ela falar algo sobre glândulas exócrinas e endócrinas.
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Wonder boy
AdventureEu morri. Quando um ser me questionou perguntando onde eu queria renascer, apenas disse: Quero ter bons pais. Não falei nada mais e reencarnei no universo da DC, eu era um experimento assim como super boy, mas o dna que corria em minhas veias era o...