Gotham - Parte 1

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Gotham city

Alex respirou fundo, o ar poluído da periferia invadia seus pulmões. Era melhor ele se acostumar, aquele seria o cheiro de sua nova casa.

Ele ainda estava pensando em como se instalaria ali, pensou brevemente na possibilidade de contar a verdade para Bruce, mas isso poderia significar um possível futuro como super-herói e isso ele não queria.

Nessa cidade sem lei, onde a única autoridade aparecia somente a noite vestindo um manto preto, poderia ser fácil entrar na vida do crime realizando trabalhos pequenos, desde que estivesse longe da vista do morcego e da linda batfamilia.

Gotham seria um bom esconderijo temporariamente. De todos os lugares onde Geada poderia procurá-lo, nem sequer cogitaria em Gotham, o gelinho tinha negócios mal resolvidos com muitos vilões da cidade, além de que, Alex sempre mostrou seu total desagrado pelo lugar.

Ele suspirou, novamente pensava em que caminho deveria seguir.

– Isso é uma grande palhaçada – Ele resmungava enquanto caminhava pela calçada – Eu só estou vivo há dois meses e coisas ruins não param de acontecer comigo, que vida injusta, tudo é culpa da morte, eu podia ter morrido em paz, mas nããão... Parando para pensar, eu também fui estúpido né? "Ain... eu quero ter bons pais..." – Ele afinou a voz enquanto se... auto-imitava?

– Aí maluco, para de falar sozinho! – Alex foi atingido por uma latinha jogada por um... mendigo.

– Por que você jogou isso em mim!?

– Você tem cara de forasteiro, bem-vindo a Gotham garoto! Há há há.

– Eu hein, velho doido.

Alex seguiu caminho, ele nem se abalou, coisas mais estranhas tinham acontecido antes, parecia que ele era uma espécie de ímã de eventos ruins.

O garoto suspirou mais uma vez e procurou um motel para passar a noite. Ele precisava de tempo para assimilar sua terrível situação.

( ... )

Depois de muito pensar, ele chegou a uma conclusão.

– Vou ter que entrar no mundo do crime de novo.

Ele tinha decidido, Alex tinha mãos leves, então roubaria carteiras de quantas pessoas fosse necessário, a luz do dia claro, até ter dinheiro para fazer uma identidade falsa e então se aposentar dos crimes, em seguida, arranjaria um emprego comum, qualquer um. Então juntaria um dinheiro e faria um supletivo, depois entraria em uma faculdade comunitária.

Isso! Ele já tinha um plano, um pouco difícil, mas não impossível.

Ainda eram quatro da tarde, o sol iria se pôr em algumas horas.

Alex pegou sua bolsa e a virou de cabeça para baixo, jogando tudo que havia dentro em cima da cama. Algumas mudas de roupa, dez dólares e uma folha de papel amassada.

Ele a pegou. Ali estavam suas informações, quem eram seus pais, quem ele era, de onde veio. Bom, Alex sabia que não passava de um mero experimento e agora tinha uma vida tão ruim quanto antes de ser a cobaia 013.

Vestiu um moletom e cobriu sua cabeça. Olhou para o papel de novo e enfiou no bolso.

Uma identidade falsa custava muito, suas vítimas tinham que ser pessoas ricas, dessa forma...

Ali estava ele, no lado oeste da cidade onde haviam várias empresas famosas e seus empresários, também estavam as empresas Wayne, mas ele evitaria estar em um raio de trinta metros dali.

– Ok – Disse a si mesmo – Que os jogos comecem.

Por duas malditas horas, Alex perambulou de um lado para o outro esbarrando "sem querer" nas pessoas. Era arriscado realizar tantos assaltos no mesmo local e no mesmo dia, mas se ele permanecesse por mais alguns minutos, conseguiria setenta porcento do valor e prosseguiria amanhã em outro lugar.

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