Wonder boy

Gotham - Parte 2

Eles entraram em uma sala, haviam algumas poltronas e uma mesa.

– Eu lhes apresento – Ela retirou a máscara – Nossa sala de operações.

– Que sala de operações mais caidinha – Cyan se jogou em uma das poltronas e após ver a sobrancelha franzida de Amélia acrescentou – Eu gostei, bem retrô.

– Tudo bem, agora me explica melhor sobre seu plano.

– Bom, além do geada, eu quero destruir a agência, seria um bônus. E como eu falei, nós três sozinhos não conseguiríamos e nenhuma outra pessoa nos ajudaria, não de graça.

– Mas os bons heróis sim – Alex ressaltou.

– Essa agência tem ligações com vários vilões e chefões do tráfico, os heróis deviam nos agradecer por estarmos os ajudando.

– Usando você quis dizer.

– Os fins justificam os meios.

– E por que você não arranja as provas e entrega para algum super-herói? Eles vão dar um jeito.

– Mas se fizermos isso, o geada pode escapar. Mesmo que os heróis invadam o lugar, alguns que trabalham ali ainda vão conseguir escapar e geada sempre tem uma carta na manga.

– Então você quer que eu me infiltre, ganhe a confiança deles, deixe pistas sobre a agência e quando o dia chegar eu devo me focar somente no geada? Nem na teoria essa ideia parece um bom plano, porque primeiro eu teria que entrar na liga da justiça e isso demoraria muito tempo.

– Eu tenho um plano, não precisa ser na liga, pode ser naquele grupinho de adolescentes heróis. Se você começasse agora a salvar pessoas e deter vilões demoraria um tempo para chamar atenção dos maiorais. Mas e se você não fosse qualquer herói?

– Como assim?

– Sabe – Cyan riu – O Superman tem a supergirl e o Superboy. O batman tem o Robin e a batgirl. A mulher maravilha recentemente introduziu sua pupila na justiça jovem, a moça maravilha. Agora, só falta quem?

– Sério?

– Brincadeiras à parte, você até se parece com ela 013. E veja bem, você tem super força, é rápido, tem bons reflexos, é praticamente o... o... Wonder boy.

– Eu não sou isso.

– É verdade – Cyan assentiu – Você não voa.

– A mulher maravilha não voa – Alex disse.

– É Claro que voa – Cyan riu.

O garoto se surpreendeu, a mulher maravilha voava, além de que a moça maravilha já tinha aparecido. Nos desenhos que ele assistiu ambas as coisas não aconteciam.

E se aquele fosse um universo um pouco diferente? Ele nunca havia cogitado a ideia, mas agora, poderia ser real.

– Aqui está seu uniforme, vista – Amélia entregou uma caixa e apontou para um cantinho da sala onde havia um trocador. Mas especificamente alguns pedaços finos de metal sustentando um tecido grosso.

Alex suspirou e cedeu, decidiu ver até onde isso ia dar.

– Nem pensar – Ele se mostrou para os outros dois com o uniforme – Nem pensar mesmo.

– Não 'tá tão ruim – Cyan o analisou.

O uniforme consistia em uma bota marrom, uma calça preta, blusa azul escuro com o símbolo da mulher maravilha em branco.

– Além de eu ter que me tornar um Wonder boy falsificado, ainda vou ter que copiar o uniforme do Superboy? E aliás, o que caracteriza o uniforme da mulher maravilha são os braceletes, o laço da verdade e até aquela tiara dela!