Ser reconhecido e aplaudido por um talento natural era o cotidiano da familia Park. Todos os seus três filhos tinham algo de diferente, algo de destaque. E Jay não poderia ficar de fora. Com apenas oito anos a sua arte foi descoberta, um pintor prod...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
People i don't like
— Escuta só se isso for um joguinho pra você me prender na sua casa, eu corto seu pau fora.
— E por que eu te prenderia lá, idiota?
— Pra me interrogar ou seja lá o que esteja planejando.
Revirei os olhos.
— Não preciso disso. Vou te entregar a policia de outro jeito. — olhei ele de cima a baixo, coisa que o irritou e o fez soltar um pouco do ar pelo nariz. — Isso é coisa da Park.
Ele se escondeu encolhendo os ombros quando ouviu um barulho no corredor, o que me fez olhar a janelinha da porta um pouco assustado também. Estavamos no laboratório de química no meio do intervalo, no sigilo. E como chegamos lá? Mandei Jake descer junto com os outros alunos quando estavamos no meio do corredor, dizendo que tinha esquecido meu celular. Jungwon estava enrolando para guardar os materiais como de costume, então eu o puxei pelo braço até o andar de cima.
Ele meio que não relutou tanto como eu imaginava. Acho que não era bom para nenhum de nós ser visto juntos nesses momentos. Por isso Jake também não sabia de nada.
— Por que não chama ela de mãe logo?
— Só em casa.
— Sua familia é estranha.
— E você vai trabalhar pra ela.
Ele chutou o ar e se afastou, indo para perto da janela grande do outro lado da sala, o sol estava fraco e o vento bem pressente, mas não chegava a ser frio.
Era o clima ideal para jogar ele do sétimo andar.
— Alías, por que aceitou isso? — perguntei sincero, me aproximando dele ao ouvir outro barulho no corredor. Era melhor ficar longe das portas agora. Mesmo que o perigo de verdade estivesse ali comigo.
Jungwon respirou fundo e eu me encostei no balcão, olhando em sua direção.
— Eu não ia aceitar, nem morto. — ele fez uma pausa um tanto dramática, como se estivesse engolindo cacos de vidro de tão difícil que aquelas palavras pareciam ser para sair. — Mas eu realmente preciso do dinheiro.
Olho para fora, onde ele espiava a segundos atrás, era a parte externa do pátio, um jardim e uma grande árvore com folhas bem verdes devido a aquela época do ano. Daria uma pintura bonita.
— Cadê o dinheiro? — a voz satanica dele me chamou a atenção, infelizmente.
— Até esqueci da sua presença.
— Pois pare de sonhar e me entregue, assim eu saio logo.
— Sonhar? A sua atmosfera transforma tudo em um pesadelo. — pego a minha mochila enquanto Jungwon cruza os braços e procuro o pacote, que era como um envelope pequeno branco. — Ai só tem metade do pagamento do mês.
