[1] Passado

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Boa leitura:


Há 10 anos


 O vento batia forte contra as cortinas do quarto avisando que logo iria cair uma tempestade em Seul. Chuva! Ah, o pequeno Park amava a chuva. Amava brincar com suas galochas nas poças de lama que formavam-se no jardim da sua casa. Amava tomar banho de chuva escondido dos pais, o que não adiantava de muita coisas já que sua genitora o proibia de brincar na chuva para não ficar doente. E outra coisa que o menor gostava, era deixar sua mãe irritada. 

De todas as coisas boas que a chuva lhe proporcionava, havia algo em especifico que o Park menor não gostava: o frio. Para ser realmente sincero, Jimin odiava o frio, seja vindo pela chuva, dos ventiladores portáteis ou do ar condicionado no seu quarto, ele sempre odiaria o frio.  Ele entendia que não deveria repugnar  o frio, era um fenômeno da natureza que vinha junto com o frio - ou era pelo menos isso que ele sabia diante as explicações de seu pai. Mas acontece que ele detestava ficar com as bochechas rosas e a ponta do nariz avermelhada, e claro, sem contar de como ficava resfriado facilmente. Não gostava de ficar resfriado, aquilo o impedia de ir para o colégio - que para ele era o seu lugar favorito -  e de ver seus amiguinhos. Em todo sentido, ele amava a chuva, mas odiava o frio. 

O pequeno estava deitado na sua cama enquanto lia o seu livro favorito que pegou na biblioteca do colégio, ''O Pequeno Príncipe''. Estava de barriga para baixo com os cotovelos sobre o colchão macio e o queixo apoiado nas mãos, quando teve a atenção tomada pelo barulho de carro logo abaixo da sua varanda. O menor levantou-se num pulo e correu para a varanda achando que era seu pai que estava de saída. Mas não foi o homem que ele viu. Se colocando na pontinha dos pés e segurando firme no balaústre da varanda, Jimin viu o melhor amigo de seu pai descer do carro junto à sua esposa e filho; Senhor Jeon. 

Jimin voltou correndo para dentro do quarto, quando o filho do homem lhe viu na varanda espionando o recém chegados. Estava com medo de ter sido pego no flagra, que quando a porta do seu quarto foi aberta revelando Celine, a empregada, ele tomou um susto.  A mulher deu um sorriso genuíno ao vê-lo parado próximo a cama, e Jimin logo mudou sua expressão de assustado para uma mais calma e correu até a mulher abraçando ela pela cintura. 

— Celi...o que o Senhor está fazendo aqui? — ergueu a cabeça para encarar a mulher. Celine sorriu e se agachou na altura do menino acariciando seu rosto.

— Eles vieram assinar um contrato com seu pai, coisas de trabalho, pequeno. — falou e Jimin apenas assentiu. 

— O Jungkookie também veio não foi? Eu vi quando eles chegaram. — ditou todo sorridente.

— Sim, ele também veio. E a Senhora Park pediu pra levá-lo para cumprimentar ele. Ele está lá em baixo.— como já esperado pela mulher, Jimin bufou revirando os olhos. Ele detestava fazer sala pra visitas, seja lá quem for. —  E não adianta protestar, ou se não, vai ficar sem a ultima fatia da torta de morango que eu preparei...

 A expressão do menino mudou de chateado para uma de espanto. Seus lumes azuis quase pularam do seu globo ocular com o que a mulher falou. Ele amava a torta de morango da mulher.  

— Ah, não. Isso é golpe baixo! 

— Não é não...

— É sim!

 Celine sorriu achando o bico que o menor formou completamente fofo, e levantou-se eixando um selar na cabeça do menino antes de chamá-lo.

— Vem, vamos descer. — ofereceu a mão esperando ele segurá-la.

La Famiglia - JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora