La Famiglia - Jikook

[15] Afronta

Boa leitura: 

Na noite em que conversou com Jimin por chamada, Paollo teve que aturar as reclamações do Capo do seu avô.  Alex, que era como se chamava, tinha sido enviado até Seul para monitorar os passos do neto. Mas, a preocupação mesmo não era com seu neto se meter em encrencas, já que era costumeiro a fazer isso, mas sim, ter a certeza de que o mesmo cumpriria a missão que Alex levará com ele. Paollo ainda não sabia que Alex estava ali só para aquilo, pra ser sincero, o rapaz até tentou conversar sobre aquilo com ele na noite anterior, mas não adiantou. Paollo não quis escutá-lo.

Paollo sabia que seu avô não confiava em si, mas não ao ponto de mandar seu Capo de confiança, braço direito nos negócios, para monitorá-lo de perto.

Orfão de pai e mãe aos 15 anos, Paollo Vincentinni passou a morar com o único parente que lhe restou: Lian Vincentinni, seu avô. Acha que seria bom conviver com o seu único parente vivo...e foi. No começo Lian fazia de tudo pelo seu neto, lhe enchia de bens matérias valiosos e dinheiro, até contratou Alex para ser seus olhos quando o neto estava na escoa e faculdade, longe de seu campo de visão. Mas como diz aquele ditado: ''tudo que é bom dura pouco'', ou, ''no começo tudo é flores'', aqueles cuidados não duraram muito, e se Paollo tivesse contado, talvez não teria sido duradouro nem um mês.

E com apenas 16 anos, Paollo pegou, pela primeira vez, numa arma de verdade. Fora isso, passou a ser treinado pelo Capo do avô, para se tornar o próximo Don da Sicilia Italiana. Desde então, sua vida tornou-se um completo caos – lê-se inferno –, aliás o que deveria se esperar de quem tem um avô mafioso, que era o Don da Sicilia Italiana, maior máfia dentro da Itália? Com o seu único filho morto, mesmo antes de assumir seu lugar, Lian só tinha uma unia opção: colocar seu neto à frente de seus negócios, assim assumindo seu posto, lugar que era pra ter sido de seu pai caso o acidente não houvesse acontecido.

Bem, Paollo não queria, mas acabou se deixando levar pela curiosidade, se envolvendo mais e com seus 17 anos foi enviado à sua primeira missão. Força e resistência fora o que mais foi treinado pelo italiano, além de ser treinado para entrar na mente de seus inimigos. Digamos que, pagar de bom moo para enganar os tolos, era sua maior especialidade, tal qual seu avô fazer questão de se aproveitar, como uma vantagem para os negócios, como já dizia o próprio Don: ''para se tornar o melhor Don, respeitado por todos, é preciso muito treinamento''.

No começo, Paollo caiu nessa ladainha' de seu avô, mas com o tempo ele percebeu que seu avô só queria usá-lo para seus negócios. E ele já estava cansado de ser feito de objeto de uso, e de uma maquina de resolver problemas. Ele só queria uma vida normal, poxa!!

Como de praxe, o italiano estava deitado em sua cama de barriga para cima enquanto jogava um joguinho qualquer no seu celular. Era sábado e como não tinha aula na faculdade aproveitou a oportunidade pra ficar em casa, nada como aproveitar o final de semana trancado no próprio quarto longe de pessoas, concordam? Até poderia ser, mas seus planos foram por água abaixo, quando ouviu batidas na porta de seu quarto.

— Quebra essa porra logo! — gritou levantando para abrir a porta. Sabia muito bem de quem se tratava, como também sabia que o mesmo não havia batido na porta com força. Mas estava irritado ainda com Alex pela noite passada.— Fala logo o que você quer, e vai embora! — disse ao abrir a porta, e voltar para a cama.

— Achei que seria bem recebido quando chegasse aqui, mas acho que criei muitas expectativas.— afirmou, entrando e fechando a porta.

— Queria que eu ficasse como? Te recebesse com flores e uma caixa de bombons? Me poupe, Alex! — em tom irônico, voltou ao seu jogo.

— Acha que eu também queria está aqui, com uma pessoa extremamente ignorante? — o outro só revirou os olhos, não dando muita importância.— Don Lian que me mandou aqui, não foi escolha minha vim...