[6] Descontando a raiva

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Boa leitura:

Assim que o sol ganhou firmamento no céu, Jimin levantou-se ainda sonolento e caminhou para o banheiro. Já se passavam das 06:00a.m da manhã, e ele precisava ir para a faculdade. Um flashback da noite anterior veio em sua mente, lembrando-se da forma que seu amigo falou consigo. Jimin ainda se sentia magoado com tudo que o outro falou, e não saberia se perdoaria ele fácil assim. Droga, era de seus pais que o outro estava se referindo de forma ríspida, como poderia esquecer aquilo?

O loiro suspirou frustado, esfregando o cabelo com o shampoo e espalhando a espuma por todo o seu corpo. Alguns minutos depois, ele já estava de banho tomado e vestido, pronto para ir pra faculdade. 

Abrindo a porta, o Park se retirou do quarto e caminhou pelos corredores do andar, passando pela porta grande de madeira avermelhada. Desde o ocorrido na noite anterior, Jimin não tinha visto o Jeon, nem mesmo pelos corredores da casa. Nem para lhe dá boas vindas o Jeon apareceu, e aquilo deixou o Park um pouco triste. Fazia anos que não via Jungkook, para ser mais exato, desde o falecimento do seu pai. A única coisa que ele ouviu enquanto estudava em seu quarto, foram os barulhos de passos pesados no corredor. Ele sabia que os passos pertenciam ao Jeon, e se conteve para não levantar e abrir a porta para cumprimenta-lo. 

Arrumando a alça da mochila no ombro esquerdo, Jimin voltou  seguir seu caminho. Não queria correr o risco de que alguém visse ele ali parado no meio do corredor, ao que encarava a porta da sala de Jungkook. Aquilo não séria bem visto por algumas pessoas da casa. Calmamente ele desceu os degraus da escada, podendo ouvir vocês altas virem da cozinha. Ao chegar na cozinha, ele encontrou apenas a cozinheira e uma garota de estatura alta, ambas discutiam sobre alguma coisa. Jimin resolveu não interromper e ficou ali parado até que elas notassem sua presença no ambiente.

 — Eu já falei que não foi eu quem comi essa desgraça de torta. Eu nem gosto de limão, inferno! — a garota gritava, parecendo irritada com a mulher. 

— Se não foi você, então quem diabos foi?O diabo da Tasmânia?! — a mulher de cabelos grisalhos revidou no mesmo tom. 

— Como eu vou saber?! Pergunte para os demais que frequentam essa cozinha à noite...ou melhor, pergunte pro Diabo da Tasmânia se foi ele. Apenas não me acuse sem saber, sua velha louca! — afirmou  irritada.

Foi impossível Jimin segurar o riso. Seu riso, mesmo que baixo, chamou atenção de ambas as mulheres que discutiam, e elas lhe olharam no mesmo momento. A mulher de aparência mais velha, segurava uma colher de madeira na mão pronta para acertar a garota a sua frente. Jimin se perguntava, se ele não tivesse ali, a mulher teria batida na garota com aquela colher? Embora estivesse evidente que ela pretendia fazer aquilo, Jimin ainda duvidava. 

— Desculpa eu não queria atrapalhar a conversa de vocês...— fez revência e virou-se para sair, mas foi surpreendido por uma pessoa agarrando seu braço.

— Aonde vai? Você salvou minha vida, esse velha ia me bater e você me salvou bem na hora...— a garota de cabelos pretos alou, ainda agarrada no braço de Jimin. — Obrigada, estou te devendo uma!

— Velha são as estradas, sua cobrinha criada! — xingou a garota , lhe apontando a colher. 

— Ha.Ha.Ha...— a garota riu em zombaria, colocando as mão na cintura. — E você quer ser nova na força, Rakel?

Aish, sua...

Jimin até então que estava atônito vendo as duas brigarem e se xingarem, se colocou na frente da menina quando a mulher grisalha se aproximou para batê-la com a colher de madeira. A mulher chamada Rakel, parou encarando Jimin de cenho franzido, e ele sorriu pequeno para ela.

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