aquele sorriso

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Se desistirmos da luta só por que nossas chances de vitória são pequenas, aonde está nosso valor?

A noite havia chegado depois de um dia cansativo e muito produtivo para a empresa, e com ela o frio dos invernos da Itália, ventos leves arrepiavam a pele de Carol, fazendo-a questionar se deveria voltar para dentro e buscar um casaco.

Era a segunda noite de Carol na Itália.

Ela estava no terraço de pedra, um lugar aonde ela ainda não havia ido. O terraço era enorme e havia cadeiras de madeira ao redor de uma mesa com um guarda-sol amarelo. É possível ver toda a extensão da propriedade dali de cima e de outras casas vizinhas. O achou por coincidência, depois de pesquisar por horas os tipos de solos e centrais solares para que não houvesse pontas soltas na prática que fariam ainda aquela semana. Por sorte, havia sido escolhida para a equipe certa, eles eram tão dedicados e experientes quanto ela.

Caroline agora pensava na guinada que sua vida havia dado nos últimos meses e sorriu, grata por tudo.

De repente, seu celular Vibrou no bolso e ela colocou no ouvido já sabendo quem seria.

- Carolineee!! - A voz de Priscila soou estridente e animada.

- Fala de novo, talvez eu tenha ficado surda. - Comecei enquanto coçava o ouvido levemente, arrependendo-se de ter colocado tão perto do ouvido.

- Deixa de drama, e a propósito, já se esqueceu da sua amiga no meio dessas italianas gostosas?

Carol soltou uma risada alta sendo acompanhada pela amiga do outro lado da linha.

- Talvez, há realmente muitas delas por aqui. - Um gritinho de Priscila a fez afastar o telefone da orelha novamente.

- Isso não vale, me alocaram com Fernando na Neurocirurgia, eu quero morrer a cada vez que meu pager toca. - Reclamou.

Priscila deseja a cardiocirurgia e não há nada que ela deteste mais que ser alocada na área da Neuro. Embora isso seja essencial na formação de qualquer cirurgião, independente da sua escolha de área. Carol aguenta suas reclamações toda vez que isso acontece.

- Oh amiga, Jajá isso acaba e você pode voltar para os corações ensanguentados.

- Não faz ideia do quanto quero ver aqueles corações bombeando nas minhas mãos de novo. - Sua voz saiu de forma doce, fazendo Carol rir, Pri tinha um carinho excepcional com aquela área.

Deixando de lado as obsessões de sua amiga, Carol mudou de assunto.

- Fê tá cuidando bem do Luke?

- Ele o levou no pet shop hoje e me enviou uma foto, saiu de lá com um lacinho vermelho lindo, acho que ele se apaixonou pelo seu cachorro. - Ela riu enquanto um barulho de vozes se fazia presente no fundo. Ela devia estar na Copa, o local onde todos os médicos residentes iam para descansar ou comer alguma coisa.

Luke era o Golden Retriever mais adorável que havia no mundo para Carol. A mulher se apaixonara por ele quando o viu no abrigo que seu amigo fazia parte, não resistiu aos olhinhos brilhantes do mini cachorro e o adotou. Luke era inteligente e extremamente animado como ela, havia adquirido um hábito de dormir sempre ao lado da cama de Carol e pular em cima dela quando o alarme matinal tocasse. O que Carol julgava como encantador, embora estivesse ficando cada vez mais doloroso conforme o cachorro crescia.

Carol começou uma conversa animada com sua amiga sobre a final "pão de queijo" do time de vôlei ao qual as duas eram obcecadas.

Minas vs praia.

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⏰ Última atualização: Aug 02, 2023 ⏰

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