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Maria Quintana Cruz
✧══════•❁❀❁•══════✧Meus pais se conheceram em Los Angeles, onde começaram a namorar, minha mãe é uma mexicana e meu pai um brasileiro, eles vieram para o Brasil quando se casaram, e depois de alguns anos descobriram que estavam grávidos e decidiram voltar para LA, Freeridge. Eles deram a luz a um menino chamado Ernandes Quintana Cruz, e logo após 7 anos descobriram que estavam grávidos novamente, Ernandes ficou muito feliz sempre quis ter um irmão(a), e assim deram a luz a Maria Quintana Cruz, eu.
Eu cresci com pais não muito presentes, meu irmão que sempre cuidou de mim, fazendo de tudo para me ver feliz, quando eu tinha 8 anos meu irmão começou a se envolver com pessoas erradas, gangues, mas ele sempre me falava que era para fazer o bem para o quarteirão e que a gangue não fazia nada de errado, Los Santos, meu irmão tinha 15 anos e tinha feio uma tatuagem no pescoço com uma cruz, e os meus pais? Nunca viram se quer, ele nunca paravam em casa, uma vez no mês que eles vinham e achavam que devíamos a vida pra eles.
Meu irmão sempre cuidou muito bem de mim, via ele como um espelho, tudo que ele fazia eu me espelhava, ele era incrível comigo, me tratava como uma princesa e fazia eu ter certeza que tinha um valor do caralho na sociedade, mas sempre que ele saia eu tinha medo dele não voltar
Bem com a escola eu fiz amigos, Ruby, Jamal, Monse e o César, sempre estava juntos com eles, um dia estava tendo uma festa de natal na vizinhança, e eu tava na festa junto com meu irmão e eles, mas logo meu irmão teve que sair
— Volto já minha princesa, eu te amo muito - Ernandes fala e da um beijo em minha testa, eu logo seguro meu colar de cruz que tinha ganhado dele a uma semana atrás no meu aniversário de 11 anos, esse colar era dele desde pequeno quando ele entrou para a gangue
— Cuidado chico, Yo te amo - digo em espanhol com um sorrisinho fofo, fico lá brincando com Ruby, mas logo escutamos tiros e todos saem correndo, pai do Ruby puxa ele pra longe, eu sou a única que fica na rua parada olhando para onde vinham os tiros
— Ernandes - falo e logo começo a correr em direção a onde veio os tiros, escuto sirenes bem longe, e vejo um menino de capuz apontando uma arma para frente ele parecia ter a idade de Ruby, o menino sai correndo, e eu logo vejo meu irmão deitado no chão com a mão no peito, tinha muito sangue, e ao me aproximar tento ao máximo estancar o sangue colocando a mão no seu ferimento e sujando toda a roupa que eu estava
— Chica - diz Ernandes fazendo força pra fala logo segura meu rosto — Não entra nessa vida, Chica, Yo te amo
— Não, não hermano, mano por favor não me deixa sozinha - digo vendo seu olhos fecharem enquanto uma lágrima escorriam pelo seu rosto, muitas pessoas chegam na nossa volta chorando e chocadas — Chicano acorda por favor, yo te amo - deito em seu peito que estava bem sujo de sangue fico chorando abraçada nele até os paramédicos chegaram e pedirem para me afastar mas logo eles colocam ele dentro da ambulância e me deixam entrar seguindo para o hospital
Aquele foi o dia que eu me perdi, o momento que perdi a Maria, no funeral do meu irmão eu só sabia chorar, meus pais tentavam me abraçar mas eu os empurrava e falava que a culpa era deles, que eles que fizeram Ernandes entrar pros Santos quando eles nos abandonaram por preferir o trabalho deles, muitos Santos no funeral me olhavam com um olhar vazio, eu vejo o chefe do meu irmão chegando e eu corro na direção dele dando tapas nele e ele apenas segurava minhas mãos
— A culpa é sua, você falou que ia cuidar dele, falou que era só pra ajudar o bairro e agora meu irmão tá morto - desabo e ele me segura me abraçando
— Perdoa Chica - ele fala sem nenhuma expressão de tristeza eu o empurro e saio andando dali, vou andando até minha casa, o cemitério era extremamente longe mas eu não iria entrar no carro com meus pais, assim que eu chego em casa vejo o carteiro colocando papéis na caixa, quase nunca colocam coisa na nossa caixa, vou até lá e pego vendo uma carta escrita
Universidade Stanford
Comunicamos que Ernandes Quintana Cruz foi aceito para uma bolsa de 100% para o curso de medicina, pedimos que entre em contato com a universidade em um período de 2 semanas, agradecemos a preferência na nossa universidade, e queremos que tenha uma ótima experiência no nosso campus e na nossa universidade, desejamos sorte para nosso mais novo aluno
Atenciosamente
Universidad StanfordEu começo a chorar no meio da carta, guardo-a embaixo do meu travesseiro com cuidado e durmo chorando
7 anos depois
Meus pais se mudaram de Freeridge e estão morando no lado nobre da cidade, não os visito com frequência, decidi continuar aqui, bem eu nasci aqui, cresci aqui e fui criada pelo meu irmão nesse lugar, pode não ser nada calmo e nem um pouco segura mas é de onde eu sou
Esse ano eu vou me formar ao menos é o que eu espero, e sim eu reprovei um ano, quando meu irmão morreu não conseguia sair da cama, entrei em um estado de depressão profundo, não comia, não levanta e nem me mexia se quer, foi esse ano que eu reprovei na escola, e então vou me formar com 18 anos
Eu não sei como os meninos estão, eu não tava podendo me comunicar com eles por conta de que tive que sair de Freeridge pelas férias toda, eu voltei hoje, voltei pra minha casa, pro meu lar, e tão bom poder entrar em casa e ver as minhas coisas, as fotos do meu irmão na parede, o certificado de Stanford dele, o meu quarto, tudo meu.
Eu arrumo as coisas em casa, logo coloco uma roupa menos quente, e saio indo em direção a casa do Ruby, sei que eles provavelmente vão estar lá, a última vez que vi eles não consegui me despedir quando tive que sair de Freeridge, só mandei uma mensagem dizendo que estaria em San Diego com meus tios.
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La chica - Oscar Diaz - On my block
FanfictionMaria é melhor amiga de Cesar, membros de gangues diferentes, e por acaso acaba se apaixonando pelo irmão do seu melhor amigo, Oscar Diaz conhecido como Spooky Mas será que o amor vai vencer no meio de guerras? Será que eles conseguem sair da gangu...