A Humana

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22:45

30 anos após a transmissão do alerta.

Caravan Palace – Rock It for Me

     É uma festa da nobreza.

     O salão é decorado com quadros de pintores famosos e fotografias de figuras ilustres da história da humanidade, como Napoleão Bonaparte, Martin Lutherking, as pinturas de Van Gogh e Da Vinci, e Adolf Hitler.
     Os homens usam ternos limpos e impecáveis, as damas vestidos vermelhos cintilantes e cabelos atraentes, porém, todos usavam máscaras de algum animal da flora terrestre, como coelhos, gatos e outros.
     Alguns arranjavam amantes para passar a noite em quartos de milhões de dólares, outros conversavam sobre a história, e outros sobre suas aventuras caçando humanos.

     Bryan, Lennard, Kellerman e Manfred. O quarteto conversava ao lado de uma fotografia do líder do partido nazista durante a segunda guerra mundial, todos segurando taças de vinho.

   — Que homem senhores, que homem. — Lennard tomou um gole do vinho.

   — O maior gênio de uma geração inteira, e o melhor líder também. — Manfred — Soube separar os humanos por categorias, entende? Preservou os bons e excluiu os ruins. Os humanos precisaram de mais líderes como ele.

   — Desgraçados sejam os americanos que tentaram o capturar. — Kellerman tomou um gole do vinho. — Sabe, se a Alemanha nazista tivesse vencido aquelas duas guerras, nem precisaríamos ter invadido esse planeta.

   — Ao Hitler, o melhor líder que a terra já teve. — Bryan estendeu a taça, começando um brinde.

   — Ao Hitler! — disseram os outros três ao mesmo tempo, e brindaram.

     Alguns gritos começaram a ecoar há distância, eles perceberam, mas ignoraram. Depois, mais gritos, porém mais altos, e antes que pudessem fazer alguma coisa, as portas foram escancaradas.
     Viram todos ali uma mulher ruiva transtornada, com cicatrizes no rosto e rasgos nas roupas. Não usava máscara, e segurava uma metralhadora ppsh 42. A expressão de ódio no rosto era estranha.

   — Quem é você?

   — É humana? Cadê a sua máscara?

   — Oque é isso nas suas mãos?

     Todos os convidados murmuravam e sussurravam.

   — Queimem no inferno. — disse a moça, e começou a atirar em todos, apontando para cada uma das coisas ali. Não importa o quão alto gritassem, ela não parava de atirar.

     Quando a última bala caiu, todos eram apenas corpos metralhados no chão. O sangue preto espalhava-se pelo chão, paredes, e até mesmo nas roupas dela.

   — Alienígenas desgraçados.

Recarregou a arma e seguiu para a próxima sala.

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