Final

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Como Alhaitham foi de pouca ou nenhuma ajuda com a coisa do dildo, Cyno apenas apostou no básico. Ele perguntou para Tighnari sobre sua comida favorita, depois viajou alguns quilômetros para buscar o melhor macarrão ao pesto com filé mignon. Cyno teve o cuidado de levar a caixa térmica com ele, queria que a comida chegasse quente até seu namorado.

Será que ele ganharia um beijinho por isso? Esqueça, Tighnari está ocupado com Collei, então ele não pode ter esse tipo de pensamento. Cyno também passa na farmácia, compra remédios e para numa barraquinha para comprar mingau de arroz. Ele tem certeza que Collei irá se recuperar rápido.

Está suando quando chega no apartamento de Tighnari, suas mãos seguram as coisas como se fossem tesouros. Elas são.

Neste quase um ano de namoro, desde que ele percebeu seus sentimentos por Tighnari, Cyno trata tudo relacionado ao seu relacionamento como um tesouro.

As mensagens de texto são seu maior bem, cada visita é como se fosse a primeira, cada beijinho conquistado com afinco e Collei é quase sua filha.

Bom, ao menos, se Cyno se casar, ela será. Por isso, ele quer mostrar que pode ser bom nesses momentos. Que pode apoiar Tighnari nós dias ruins e ajudar a cuidar de uma criança.

— Oi. - É Collei, com uma bolha de catarro no nariz, quem abre a porta para Cyno. Ela volta correndo para a sala. — Pai, meu namorado está aqui e eu estou usando a roupa suja.

Cyno a segue para dentro, observando ela limpar o ranho do nariz na manga. Collei passou a chamá-lo de namorado faz alguns dias e embora Tighnari corrija, ela ainda é muito pequena para realmente saber do que está falando.

Por isso, Cyno não se importa. Ele descarrega as coisas no balcão da cozinha e espera Tighnari aparecer.

Seu namorado parece mais cansado do que a criança doente, as orelhas baixas e seu rabo se agitando ao ver Cyno. Ele tem um sorrisinho tão fofo.

— Como estão as coisas, raposinha?

— A febre dela baixou, o que você tem aí? - Ele fareja o ar. Cyno não sabe dizer se é intencional ou não, mas é algo muito fofo e ele se derrete toda a vez que Tighnari o faz. — Cheira tão bem.

— Trouxe seu favorito e mingau de arroz pra Collei. - Vira-se para mexer nos armários em busca das tigelas de Collei. Ele não quer perguntar, quer estar tão confortável quanto gostaria que Tighnari estivesse na casa dele. — Oh, eu também trouxe alguns remédios se resfriado. Imagino que você os tenha, mas pode ficar pra repor seu estoque. Opa.

Tighnari o abraça por trás, cheirando na sua nuca. Ele sabe que Cyno tem muitos limites rígidos, isso ficou tão claro quando eles estavam no início do relacionamento, ele aceita todos os limite, ele os respeita, mas...

Deuses, ele está tão grato.

Tão, tão grato.

E absolutamente exausto. É claro que ele não pediu para Cyno fazer qualquer uma dessas coisas e isso o faz valorizar ainda mais esse pequeno gesto. Nunca apresentou seus namorados e namoradas, jamais faria algo que pudesse prejudicar sua filha e agora... Ele não se arrepende de ter trago Cyno pra vida deles.

Ele não se arrepende de trazer qualquer pessoa que se preocupe genuinamente com sua criança.

— Me desculpa, eu só... Eu só queria agradecer. - Tighnari se afasta depois de beijar o ombro de Cyno, o rosto corado pelo atrevimento.

A coisa é: Esse é facilmente o melhor relacionamento que ele teve desde que ficou viúvo.

E Tighnari é naturalmente carinhoso, seu ponto forte é contato físico, sua linguagem do amor é o toque e Cyno é uma pessoa extremamente restrita quanto a isso.

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