Prólogo

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Chiara
- Veneza, Itália📍

Escutei um barulho alto de algo se quebrando, e dei um pulo da cama, totalmente assustada com o estrondo que vez. Olhei para janela, e notei que ainda estava escuro lá fora, virei meu rosto para o outro lado, quando a porta do meu quarto se abriu, revelando a imagem de Lia, minha irmãzinha mais nova.

A mesma estava usando as mão para tapar os ouvidos, e com os olhinhos cheios de água, só aí, eu já podia deduzir o quê estava acontecendo.

Lia: Sorella, papà e mamma, estão brigando de novo. - Ela bateu o pé no chão, tristonha. - Ele quebrou a mesa onde mamma estava tomando café, agora ela está sangrando.

Chiara: Venha pra cá, vem, deita aqui comigo. - Ela veio correndo até a cama, e se enfiou embaixo da coberta, e me agarrou.

Eu nunca sei o quê fazer com ela quando isso acontece. Ela fica tão triste, tão assustada, que me dá vontade de chorar junto com ela, mas eu não posso, mesmo não sabendo o quê fazer, ainda sim, tenho que acalmar ela.

Lia: Por que eles vivem brigando sorella? Por que o papà vive fazendo àquelas coisas com a mamma? Eles não se amam mais? Eles vão se separar? - Seus olhinhos se encheram de água novamente. Senti meu coração se apertar cada vez mais.

São tantas perguntas, e eu não tenho resposta para nenhuma delas.

Lia, me apertou com mais força, quando algo lá embaixo foi quebrado novamente, fazendo um estrondo pelos cômodos da casa, logo minha mãe deu um grito, pedindo pro marido parar.

Eu já estou farta disso, todo dia é a mesma coisa. Não aguento mais ver minha mãe se humilhando por uma pessoa que só a despreza, não aguento mais ver minha mãe sendo machucada.

Isso é desgastante!

Lia, já não consegue dormir direito a dias, e quando ela consegue, acorda assustada, por conta dos gritos, do barulho das coisas sendo quebrada. Fico com tanto ódio, poxa, ela só tem cinco anos, é péssimo pra ela crescer em um ambiente assim, onde só tem briga.

Infelizmente, eu não posso fazer nada pra mudar isso, até tentei, mas nada se resolve.

Não entendo o porquê da minha mãe continuar em um casamento que não tem mais futuro, ela sabe que não tem.

Notei que a respiração de Lia, estava um pouco mas leve. Me levantei com o maior cuidado para não acordar ela, quando já estava de pé e com minhas pantufas, me preparei pra sair, mas parei assim que meu braço foi agarrado por umas mãos miúdas e quentes.

Lia: Não me deixa aqui sozinha. - Falou baixo, em meio as gritarias lá embaixo.

Chiara: Eu voltarei pra ficar aqui com você, só vou ir conversar com a mamma um pouco. Não vou demorar. Tenta dormir um pouco, tá bom? - Entre a escuridão do quarto, consegui ver ela balançar a cabeça, e soltar meu braço, voltando a fechar os olhos novamente.

Alessia: Você só pode estar alucinado! - Escutei madre, gritar, quando já estava fora do quarto. - Eu nunca faria umas coisas dessas, Fabrício, bote isso na sua cabeça!

Fabrício: Pare de mentir Alessia, eu vi claramente, aqueles dois figli di puttana em cima de você, eu vi!

Ouve um silêncio, que me deixou totalmente preucupada. Logo começei correr até a sala desesperada, quando minha mãe começou a gritar por socorro.
Assim que cheguei no local, encontrei mamma imprensada na parede, enquanto o filho da puta do marido dela, à enforcava.

Lance IrresistívelOnde histórias criam vida. Descubra agora