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Breno Araújo, 31 anos.
BN



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Complexo do Alemão,
Rio de Janeiro📍

" Filho, não se envolve nisso, por favor. Esse caminho é só tragédia meu menino, você pode ter consequências no futuro... "

As palavras da minha mãe matelaram minha mente.

No impulso, abri meus olhos e me vi parado no meio de um matagal, o qual eu reconheço perfeitamente.
Girei minha cabeça pro lado, e me surpreendi com o tanto de corpos que havia jogado no chão, em minha volta.

Olhei em minha frente e arquei uma sobrancelha quando vi dois corpos jogadas no chão, um ao lado do outro, mas eles estavam cobertos com um pano preto, deixando amostra apenas seus pés.

Engoli em seco, e me aproximei mais. Minha garganta fechou na mesma hora em que puxei o pano, revelando os corpos dos meus pais.

Quase que não consegui os reconhecer, de tanto que eles estavam machucados.
Eu estava em choque, desesperado, mas não decia uma lágrima dos meus olhos.

Os análisei em silêncio, sem saber o quê fazer...

Até que meus olhos batem em uma coisa específica, que fez meu corpo inteiro ferver de ódio.

"PCC" éra o quê tava escrito com faca, na barriga de cada um..

Senti meu corpo sendo balançado em númeras vezes, me fazendo despertar de pressa. Eu estava suando pra caralho.

Porra de pesadelo dos inferno.

Biro: Até que enfim, porra, achei que tava morto pô, já ia chamar a funerária aqui. - A voz irritante dele, soou pelo quarto. Olhei pra cara dele com ódio. - Hum, me olha assim não carai, só vim fazer o que tua avó mandou, pô.

BN: Rala daqui. - Mandei, ele resmungou uns bagulho lá que eu não fiz a mínima questão de escutar, e logo saiu, batendo a porta.

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