CAPÍTULO 4

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Olivias's pov

— Yuri? O que você está fazendo aqui. - Pergunto espantada.

Talvez seja porque ele é bonito mas a presença dele me deixa extremamente nervosa e com vergonha.

— Olivia? - Ele me olha preocupado, devido ao fato de eu estar paralisada a alguns minutos - Você tá bem?

— Estou, é que não imaginei que veria você por aqui. - Explico retornando para dentro do consultório — Bom, pode entrar, qual o nome? - Pergunto parando em frente ao animalzinho.

— Esse é o Chai - Diz retirando a coleira do cachorro quem logo em seguida vem me lamber.

— Oi lindão, o que você tem hein? - Brinco com o cachorro fazendo carinho em sua cabeça —O pelo dele está lindo, quantos anos ele tem?

— 1 ano e 5 meses, eu nunca imaginei que ele ficaria tão grande.

— É um pouco assustador porem é bem comum para esse tipo de cachorro. - Explico já sentada na cadeira — Vou precisar fazer algumas perguntas, tudo bem?

—Claro - Acena com a cabeça em concordância.

— Sei que o Chai vem sentindo um desconforto na área do estomago e enjoos frequentes, sabe me dizer a quanto tempo ele está assim?

— Tem mais ou menos uns quatro dias, no primeiro dia ele vomitou bastante e teve dificuldades para comer.

— Certo, tem dado a ele algum alimento diferente?

— Quando ele era menor gostava bastante de leite, então acho que isso é a única coisa fora das rações que ainda damos para ele.

— Vamos precisar fazer alguns exames, para ter certeza do que deixou ele assim. - Falo terminando de fazer a ficha — O resultado sai em alguns minutos.

Nos dirigimos a sala de exames e começo a examinar o Chai com bastante cuidado, o processo é rápido devido ao fato do cachorro estar bem calmo.

-— Prontinho, agora é só aguardar. - Falo com o jogador ao meu lado. — Se quiser fazer o plano dele podemos cadastrar ele enquanto aguardamos.

— Acho ótimo, pretendo voltar com mais frequência.

Seguimos de volta ao consultório, o cadastro demora em torno de uns 13 minutos. Logo em seguida já estou com os exames pelo
computador.

— O que tem causado esse incomodo no estomago do Chai é justamente o leite - Explico ao jogador que me parece bem concentrado — Por mais que pareça inofensivo, não é correto dar para ele, quando os cães crescem eles passam a produzir menos lactose o que dificulta na digestão do leite e seus derivados.

O jogador escuta com atenção.

— Não tem necessidade de nenhum medicamento, ele só precisa limpar o estomago para que esse leite saia do seu organismo. - Explico — Eu recomendo água de coco de preferencia sem muito conservante, água mineral, ração com proteína vegetal hidrolisada e legumes que os cachorros podem consumir.

— Isso me deixa mais aliviado, saber que não é nada tão sério.

— Eu acho bom você marcar uma consulta para daqui uma semana e refazer esses exames, é só marcar na recepção.

— Eu vou sim obrigada, bom fim de tarde Olivia. - Fala se direcionando a porta.

— Por nada, tchauzinho Chai, volte sempre.- Faço carinho no animalzinho — Bom fim de tarde jogador!

Assim que o jogador sai, respiro aliviada e junto minhas coisas para finalmente finalizar o dia bem, ou quase bem porque lá fora está caindo um pé d'água. Vou a caminho da recepção rezando todo tipo de oração para essa chuva passar.

— Vai sair nessa chuva Oli? - Gean pergunta

— Eu preciso ir pra casa, tenho matéria da faculdade para terminar. - Falo desanimada –— Acho que vou pedir um carro por aplicativo.

— Boa sorte, acho difícil aceitarem. Mas, até quinta-feira então!

— Dia de sorte, ele está a um minuto daqui. Beijos amigo, bom descanso.

Saio pela porta com a mão em cima da cabeça, esperando o carro até o celular apitar notificando que o motorista cancelou.

— Merda, vou chegar em casa toda enxarcada.

não estou nem na metade do caminho do ponto de ônibus, e já estou toda molhada de chuva. Nessas horas eu paro para analisar o quão desequilibrada a minha sorte é. Desperto do meu desvaneio com um carro preto buzinando ao meu lado.

— Sacanagem hein JJ, assaltada na chuva era tudo que eu merecia.

— Olivia - Escuto chamar meu nome.

— E ainda é stalker, Joe Goldberg? - Continuo andando como se nada estivesse acontecendo.

Quando eu vejo o carro parar e a porta do motorista abrir, eu gelei, congelei, paralisei e aceitei o destino. Senti uma mão no meu braço, era isso meu fim.

— Olivia, pelo amor de deus. - Escuto o meu assaltante falar.

— Eu juro que não tenho um real no bolso, eu sou estagiaria acredita em mim.

— Olivia pelo amor de deus olha pra mim.
- Diz me virando em sua direção.

— Meu Deus que tipo de abordagem é essa que você faz com as pessoas na rua, Yuri Alberto. - Falo dando um tapa em seu ombro — Eu estava cogitando ser raptada.

— Você que não procura saber o que acontece ao seu redor, te chamei um monte de vezes você nem olhou. - Fala sério, depois de rir da minha cara — Vem vou te dar uma carona, a chuva tá muito forte.

— Não precisa meu ponto é logo ali, e você tá se molhando todo.

— Além de chegar no seu ponto que eu sei que é longe, você ainda vai ter que esperar ele chegar. - Fala já me guiando ao lado do passageiro —Vem, a Fernanda me mata se souber que eu te deixei nessa situação.

No fim o que me resta é aceitar.

No fim o que me resta é aceitar

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Descobri que meu tipo de escrita é longo e explicativo, acho que vai ser assim pelo resto da estória.

O que vocês acharam??

Beijoss até o próximo capítulo!
Maria <3

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⏰ Última atualização: Aug 04, 2023 ⏰

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SEM APEGO | yuri albertoOnde histórias criam vida. Descubra agora