[EM ANDAMENTO] Minho, um ex presidiário, trabalha em sua própria mecânica, resume sua vida a graxa que mancha suas vestes e cigarros qual o gosto já lhe é enjoativo de tantas vezes que tragou do mesmo.
Já Hyunjin trabalha em um supermercado qualque...
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Lee Minho tem fumado muito.
A tosse desditosa ecoou pelo lugar mal iluminado, Minho usava seus pés para movimentar-se para frente e depois para trás novamente, o cigarro queimava entre os dedos e a graxa escorria junto ao suor pela pele leitosa.
Lee limpou sua garganta após a sequência deplorável de tosses, as mesmas que indicavam a precocidade de seus maus hábitos.
A pequena bituca foi jogada no chão de pedra, Minho admirou por segundos os pequenos filetes alaranjados que queimavam sobre uma das extremidades.
— Cigarro mata, Senhor Lee. — ditou o acastanhado atravessando o portão da mecânica.
— Eu ainda estou vivo. — Foi dito quase em um lamento. — Onde está seu irmão, Seungmin? — perguntou para a criança sorridente que segurava sua mochila apenas pela alça.
— Boa pergunta, onde está Jisung? — perguntou de volta, uma pergunta ao "velho Lee" que o garoto tanto gostava, uma pergunta que ele sabia muito bem a resposta.
— Deixe-me ver... — ergueu um pouco sua cabeça fingindo pensar. — Está na biblioteca novamente?
— Evidente. — proferiu, lamentando. — Lá é tão silencioso! — pronunciou, sua voz exalava tédio.
— É uma biblioteca, tem que ser silencioso. — explicou ao mais novo, que revirou seu olhos no mesmo segundo.
— Gosto da sua mecânica, é barulhenta e provavelmente qualquer coisa que eu toque me fará perder um dedo. — O pequeno proferiu, era uma criança animada, sua mentalidade era avançada para a idade que possuía em sua certidão, o que fascinou o homem de maus hábitos logo de primeira quando seu amigo Christopher os apresentou.
— Por isso sempre digo que não deve tocar em nada. — se levantou do carrinho, pisando no resto de cigarro que por pouco nem se queimava mais.
— Um dia eu irei, quero ser como você, Lee Minho. - proferiu orgulhoso, retirando um suspiro do mais velho.
— Você deveria querer ser alguém como seu pai, alguém que venceu na vida. — disse sem muitos rodeios.
— Papai é legal, mas não quero ser o professor de educação física legal, quero ser o mecânico tatuado que assusta os valentões. — Minho não pode aguentar e deixou com que uma pequena risada o escapasse.
— Minnie... — disse entre o riso. — Christopher é bem mais que o professor de educação física legal.
— Eu sei, eu sei, mas ele não é o mecânico tatuado, você é.
— Você é engraçado, Min. — O mais velho riu.
— Que bom, papai sempre diz que eu e Jisung devemos fazer de tudo pra fazer o senhor sorrir. — Minho pode ter certeza que seu coração se apertou quando escutou aquelas palavras.
