🎭 7; Realidade distorcida

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Raiden Kunikuzushi

   Quando abro meus olhos está tudo preto, estranho já que dormi com Kazuha, vejo uma pequena luz no meio da escuridão e vou até ela, quando chego perto o suficiente para tocar a luz minha visão fica turva e ao invés da luz vejo Dottore.

— Filho da puta... — falo com meus olhos arregalados e tento ir para trás, mas algo parece me impedir e começo a gritar, lágrimas pesadas caiam dos meus olhos, sentia raiva, medo, e angústia, gritava com todo o meu pulmão, Dottore chegava perto de mim e esbarro em um rack, pego qualquer coisa e jogo, ouço barulho de vidro estilhaçando mas não me importo só pego mais coisas e jogo elas uma por uma, ouço uma voz distante enquanto ainda gritava em desespero — SAIA DE PERTO DE MIM, SEU NOJENTO — grito mais alto ainda, estou suando, meu corpo treme e sinto uma familiaridade nessa voz distante.

— Zushi? Meu amor tá tudo bem? — quase não conseguia ouvir, mas não tem como não reconhecer a voz do meu namorado — KAZUHA, ME AJUDE — gritei colocando a minha mão em meus cabelos agarrando-os — KAZUHA, PORFAVOR NÃO DEIXE ELE ME TOCAR — meu corpo cai no chão e a crise piora, a falta de ar se fez presente.

“ Não adianta fugir de mim, sua putinha, eu sempre te pegarei “

A voz de Dottore soava pela minha cabeça como um eco, me dando calafrios — Não, não, não, não, não, NÃO!!! — gritei abraçando meu corpo e me encolhendo tentando sumir e me salvar desse desgraçado, puxei meus cabelos de forma desesperada, percebi que minha pele estava arranhada e com sangue — porfavor... — minha visão estava turva mas mesmo assim conseguia ver aquele desgraçado rindo enquanto andava lentamente até mim.

Mas derrepente, tudo começa a ficar claro e a silhueta de Dotorre foi trocada pela de Kazuha e minha visão aos poucos melhora, olhando ao meu redor meus olhos se arregalam ao ver vários vidros quebrados no chão e Kazuha do meu lado assustado enquanto me balançava, chorava, fazia carinhos em mim, não conseguia ouvir a voz de Kazuha e nem sentir seus toques, minha visão apenas escureceu junto de uma tontura e um enjôo terrível.

Kaedehara Kazuha

Olhei o relógio que ficava no criado mudo e eram 02:38, percebi que Kuni não estava na cama e me levantei com dificuldade, e ouvi barulhos de vidro quebrando fiquei assustado e apressei o passo, abri a porta do quarto e olhei para a sala me deparando com Kuni com o olhar vazio e arregalado, ele estava sonâmbulo, já convivi tempo demais para saber quando acontecia, porém, nunca foi tão forte.

— SAIA DE PERTO DE MIM, SEU NOJENTO — Kuni gritou, ele olhava para um canto da sala totalmente aterrorizado, aonde havia muitos vidros quebrados — Zushi? Meu amor tá tudo bem? — perguntei chegando mais perto dele e tomando cuidado para não assusta-lo.

— KAZUHA, ME AJUDE — ele gritou enquanto agarrava seus cabelos, me sobressaltei ao ver a cena e cheguei mais perto dele o abraçando e fazendo um carinho em suas costas.

— KAZUHA, PORFAVOR NÃO DEIXE ELE ME TOCAR — franzi meu cenho, essa é uma das piores crises de pânico que eu já presenciei, e ele parece estar alucinando.

algo havia acontecido e não tenho dúvidas.

— Não, não, não, não, não, NÃO!!! — gritou Kunikuzushi, eu estava assustado e ainda atordoado por ter acabado de acordar, não conseguia acalmar o mais velho, seu corpo foi ao chão e arregalei meus olhos, abaixei meu corpo e peguei meu celular que estava no meu bolso, disquei o número do hospital e pedi para trazerem uma ambulância, tudo enquanto tentava falar com o de cabelos azuis, Kazuha se sentia mal, não conseguia acalmar o mais velho enquanto alucinava, ver ele nesse estado, todo arranhado, tremendo, olhos vazios e arregalados com medo, corpo encolhido, lhe trazia mal estar

— porfavor... — Foi a última coisa que saiu da boca de Kunikuzushi, já estava afagando o mesmo quando ele desmaiou, fiquei desesperado e o peguei no colo saindo imediatamente do apartamento, tranquei a porta e entrei no elevador que já estava no meu andar, apertei para ir ao térreo, minha visão ficava turva ao ver meu amor desse jeito, quando finalmente chegamos no térreo sai correndo do elevador indo para a rua, localizando a ambulância que chegava no local.

Sinalizou para a ambulância que parou e deu assistência e colocaram Kunikuzushi em uma maca, já não aguentava mais e desabou em lágrimas enquanto entrava na ambulância, se sentou do lado do mais velho e pegou em sua mão, enquanto tremia e fechava os olhos, desejando que a ambulância fosse mais rápida

Não aguentava ver seu maior amor assim

- Notas da autora *⁠.⁠✧

Agora entramos num caminho sem volta, daqui as coisas iram piorar, não vou ser totalmente maldosa com vocês, não posso prometer totalmente! Espero que gostem e se gostaram deixe seu feedback aqui e se puder uma estrelinha! Beijocas da Ca !♡⁠(⁠Ӧ⁠v⁠Ӧ⁠。⁠)

⊹ ִֶָ𓏲࣪ . Quando A Vida Desmorona ࣪ . - 'KazuscaraOnde histórias criam vida. Descubra agora