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Do you remember, we were sittin' there by the water? You put your arm around me for the first time You made a rebel of a careless man's careful daughter You are the best thing that's ever been mine

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Do you remember, we were sittin'
there by the water?
You put your arm around me
for the first time
You made a rebel of a careless
man's careful daughter
You are the best thing
that's ever been mine

Mine — Taylor Swift








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Eu não me recordo de ter lido nenhum livro da discografia de Laurel.

Não me leve a mal, eu sempre gostei de como ela me tratou, de suas brincadeiras de cabaninha na infância, seus doces de alga e alcaçuz asiáticos, como era ela a primeira a apoiar as noites de filmes e assar brownies pra contemplar o por do sol no verão e sua alarmante honestidade.

Mas fomos crescendo, eu cresci, Susannah se livrou de um câncer e minha mãe morreu de outro. E acho que Laurel nunca mais foi a mesma.

Talvez eu tenha me sentido culpada da primeira vez que resolvi pular a leitura de um livro dela, quando era mais nova, depois ela escreveu um próximo que era palatável ser sobre sua história com minha mãe que somente pude ler a sinopse, e me recusei a ler, porém atualmente ela escreveu outro, que também não li, que trata sobre separação, fim de ciclos e relacionamentos, por conta de seu divórcio recente, coisa que também não sou fã.

O banner que está ao lado dela e tem a capa do livro, seu título "party's over" consta em letras grafais, e é visível o design de dois rostos, formando um coração partido. Laurel está sentada à mesa, com uma pilha de livros de cada lado, enquanto ela tinha um em mãos, o assinando. A fila para seus autógrafos era notavelmente grande e olhando ao redor, pude ver quanto as pessoas gostam do que ela escreve. Com certeza deve ser um bom livro.

Arrastando meu olhar pelo salão, eu posso avistar Jeremiah e Steven brincando com os livros das prateleiras, e por um instante, sinto pena dos donos da livraria de Cousins que ofereceram o lugar para a sessão de autógrafos. Eu começo a andar, o piso de madeira range quando meus pés calçados por tamancos passam pelas fibras do assoalho. Eu uso um vestido preto, de alcinhas e tenho um casaco de crochê sobre os ombros. Uma chocker cobre meu pescoço e meus fios ruivos estão soltos e indefinidos devido a maresia que peguei durante o dia todo.

——— Tomar vinho branco sem nada no estômago dá dor de barriga. —— meus olhos estão em Conrad quando eu chego perto dele com um livro qualquer em mãos contra o corpo, que lia a sinopse minutos antes.

Seus cabelos negros estavam jogados para trás de forma despojada, sua feição parecia cansada e ele parou de encher o próprio copo quando me viu. Conrad não me responde, somente entorna o copo cheio para dentro, como se fosse água.

— Você vai passar mal. — eu digo, pegando a garrafa pela metade de sua mão, e bebendo um gole diretamente dela.

— Relaxa, eu já estou enjoado só de olhar pra você. — ele diz, revirando os olhos e tomando a garrafa da minha mão, antes de querer se virar para ir embora. Mas eu o empeço.

ᴏᴜʀ ʟᴀsᴛ sᴜᴍᴍᴇʀ | tsitpOnde histórias criam vida. Descubra agora