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a minha cabeça está sobre algo acochoado quando meus olhos se abrem mais uma vez, e a claridade da sala quase queima minhas retinas

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a minha cabeça está sobre algo acochoado quando meus olhos se abrem mais uma vez, e a claridade da sala quase queima minhas retinas. Por um segundo, eu penso que é de manhã, e estou em minha cama descansando, porém quando ouço a voz de Laurel me faz me recordar que estou deitada no banco de madeira no roll da casa, com o casaco de Conrad por de baixo de minha cabeça. Bêbada e com dor de cabeça.

——— Muito obrigada, policiais, isso nunca mais vai voltar a ocorrer. Eu prometo. —— Ela diz, em seu tom calmo e passivo, enquanto sorri em plena madrugada.

— Tudo bem. — o homem trajado diz sem preocupação, e eu sinto o gosto do que vomitei no carro revirar minha boca. — Diga ao senhor Fisher que o delegado quer marcar um golfe. — Ele sorri, acompanhado da policial ao seu lado.

— Maravilha! — Laurel diz, como se adorasse a conversa. — E me desculpe novamente pelo transtorno.

Eu puxo a mão de Conrad de meu entorno, e levanto levemente meu torço, puxando o casaco vinho dele de baixo de mim, e coloco sobre meus olhos, buscando me esconder do que viramos a ouvir.

Laurel acena com a cabeça, apontando aos guardas a direção da porta e os deseja uma boa noite, quando eles passam pela entrada, ela fecha instantaneamente a porta atrás dela, e encara a nós cinco, eu, Conrad, dividindo o sofá comigo, Jeremiah, que buscava encarar qualquer pessoa, menos eu, Steven – qual eu nem me recordava de ter dado carona – e Belly, se escondendo por de baixo do casaco que não era dela, encostada na pilastra do corredor.

— Como podem ser tão irresponsáveis? — ela questiona, batendo os braços ao lado do corpo, visivelmente brava.

— Mãe, não foi nada de mais. — começa Steven, de forma corajosa, dando um passo a frente. Eu abro um sorriso por debaixo do casaco de Connie, quero ver qual desculpa ele vai dar. — A polícia queria acabar com a fogueira, então a gente ia voltar pra casa.

— Nada de mais? — ela fanze o ceno, encarando nossas almas. — Eu diria que serem pegos pela polícia por serem de menor, bebendo, é algo grave sim.

— Vocês ficaram aqui fumando? — é o que Steven diz, acompanhado de uma risada, a descredibilizando totalmente, e então, eu me sinto subtamente interessada e me levanto no banco, encarando a todos, como se voltasse dos mortos.

— O que? — Laurel encara o teto, como se tivesse sido pega. — Claro que não, e abaixa esse tom, Susannah está dormindo.

— Mas eu não tava gritando, mãe. Você...

— Só pra você saber, Laurel, eu não bebi, e eu era motorista da vez. — Jeremiah o interrompe, com seu olhar de bom moço, que faz revirar os olhos e dar uma risada fraca.

Tendo plena noção de que estou agindo como criança, porque eu estar brava nunca me daria o direito de ser uma escrota. Porém hoje eu posso, e posso culpar a bebida.

ᴏᴜʀ ʟᴀsᴛ sᴜᴍᴍᴇʀ | tsitpOnde histórias criam vida. Descubra agora