𝙋𝙖𝙘𝙞𝙚𝙣𝙩𝙚 "𝙕𝙚𝙧𝙤" {𝙅𝙚𝙛𝙛 𝙏𝙝𝙚 𝙆𝙞𝙡𝙡𝙚𝙧} +18 (PARADA)

II

(Autora: Olá a todos, essa fanart é um pin que vi no Pinterest, e achei usar como referência! Total créditos à pessoa que a fez, qualquer erro ortográfico no capítulo, por favor avisar! Boa leitura a todos!)

Respiro fundo e me ponho rapidamente na frente da porta indo contra meu medo de fantasmas.

Mas o que estava em minha frente, era surreal, não era normal, não era.. Humano. Meus olhos se alargam e apenas escutei a madeira bater com força no chão ao cair.

Era um homem. Preso na cadeira de rodas por uma camisa de força. A camisa de força era verde água e fazia conjunto na calça. Mas tudo o que me assustou.. Foi o sorriso cortado do homem, e seus olhos sem as pálpebras.

- ... Que merda é essa?

- Quem é você? Como.. Raios! Veio parar aqui?    - O olhava confusa e apertava as mãos tentando não demonstrar meu medo e nervosismo, ele apenas só sabia rir -  Está aqui desde...   - Ele me interrompe.

- O maldito incêndio?   - Sorriu ladino, e sua voz era de um garoto de dezoito anos, porém totalmente rouca, provavelmente por estar com a garganta seca  -   Seus amiguinhos me abandonaram aqui. Eu não imaginaria que alguém realmente iria aparecer nessa droga de prédio.. Mas ele tinha razão.   - Sussurrou a última frase olhando algum ponto e me perguntei de quem ele estava falando.

Me virei e procuro pela ficha do mesmo e a encontro na cama, a peguei e leio em tons baixos.

- Nome completo: Jeffrey Alan Woods. Apelidos: “Jeff Woods”, “O sinistro assassino desconhecido”, “Encapuzado” e “Jeff The Killer”. Sua ocupação: Era estudante do ensino médio. Idade: vinte e dois; e você.. Tem uma ficha criminal...   - Engoli em seco ao ver metade do que ele fez e começo a citar - Assassinato em série, Mutilação, Sequestro, Tortura, Perseguição, Vandalismo e Invasão de domicílio. Assassinou os próprios pais e irmão...    - Dei uma pausa.

Céus! Nunca vi uma ficha assim antes!

O observei por cima da ficha, e este parecia ter adormecido, e ele poderia apenas estar fingindo.

- Sofre de esquizofrenia, narcisismo, sadismo, entre outros...  - Então, ele é pior que os pacientes do hospital e que trabalho. Porém, se estava sendo tratado, não deveria ter sido deixado para trás, e já iria completar um ano que ele está aqui, pois o incêndio foi no final de dois mil e quatorze.

Tento controlar meus pensamentos fechando os olhos por alguns segundos.

Esqueça, Lory! Não existe os equipamentos! Se deixaram ele aí, é só ligar para a polícia e cair fora daí!

Uma parte de mim gritava, praticamente implorava por isso. E outra parte, queria fazer o que parecia ser certo, e não envolvia a polícia, e nem o hospital. Lógico, provavelmente iriam prendê-lo na solitária, onde os maníacos ficam presos em suas camisas de força, ou.. Cadeira elétrica.

Mas, eu estava dividida em três; a primeira, mandava eu dar as costas e deixar para as autoridades, que provavelmente iriam o colocar em uma cadeira de choque; segunda, eu me dava um tapa no rosto e gritava dizendo que sou uma psiquiátrica, e não envolveria ninguém no caso; e terceira, era apenas uma única dúvida: “Como ele conseguiu sobreviver?”.

- E então... Doutora... O que irá fazer?   - O escuto e o fitei atenta alargando um pouco os olhos.

Ele me chamou de... Doutora.

Mordo os lábios e dou as costas apertando as mãos.

- Tsc! Céus!  - Reclamo olhando para o teto -  O que estou fazendo?! Eu sou a droga de uma psiquiátrica infeliz!