𝐏𝐚𝐫𝐤 𝐉𝐢𝐦𝐢𝐧 é um menino rebelde que precisa aprender mais sobre a vida. Sua rebeldia o levou a tomar decisões erradas, e como consequência, foi mandado embora de casa para morar com a sua tia em uma das comunidades mais perigosas do Rio de J...
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𝐏𝐚𝐫𝐤 𝐉𝐢𝐦𝐢𝐧
O mercado do bairro era relativamente pequeno, mas havia o necessário para que pudéssemos passar o mês. Jiyoung e eu, fizemos uma boa compra e após o pagamento ficamos do lado de fora do estabelecimento, esperando o homem chegar para colocar todas as sacolas dentro do carro que nos levaria até em casa, o famoso frete do mercado, como Jiyoung disse.
— Eu ainda acho um absurdo pagar quarenta reais daqui do mercado até em casa. — Ela falava enquanto eu encarava o meu aparelho celular.
— Eu acho um valor aceitável, além de levar as sacolas ainda podemos pegar uma carona. — Resmunguei. — O sol está aumentando, não faz bem pra pele. E eu me esqueci de passar o protetor solar hoje.
— Você precisa mesmo, se não vai ficar parecendo um camarãozinho. — Ela riu.
— Você é muito engraçada, Jiyoung. — Ergui os meus olhos para encará-la. — Você sabia que se a gente usar protetor solar todos os dias, é menos arriscado de desenvolvermos rugas quando estivermos mais velhos? — A questionei.
— Jimin, você parace uma menina.
Comecei a ficar indignado com as suas comparações, mas assim que ameacei dar um peteleco em sua testa fui parado por um homem, que veio por de trás de mim e segurou em meu dedo levantado no ar.
— Oh, menininha, o Chefe mandou chamar você. — Ele disse e foi segurando ao redor do meu pulso.
— O quê? — Olhei para trás sem entender.
— O quê nada! Não temos o dia todo e ele odeia esperar, vamos logo. — Falou me puxando.
Meus olhos se arregalaram quando me dei conta que o conhecia de algum lugar; era aquele Hoseok.
— Mas ele não fez nada! — Jiyoung tentou me puxar desesperada, mas a força do homem era maior e conseguiu me arrastar até a pista onde uma moto estava estacionada.
— Opa, eu não vou subir nisso aí não. — Falei, começando a entrar em desespero também. — Jiyoung chama a polícia agora!
Hoseok ergueu as sobrancelhas e encarou ela — Chama pra tu vê, eu venho aqui e além de te deixar careca te encho de porrada.
— Primo eu não posso chamar a polícia, meu Deus do céu! — Ela levou as mãos até a cabeça, já chorando. — Vou tentar chamar a Minseo, ou a mamãe.
Hoseok colocou a chave na ignição e ligou a moto subindo nela, foi me arrastando e me fazendo sentar atrás dele. O medo era tanto que acabei segurando ao redor do sua cintura com os meus braços, o apertando com força.
— O quê ele quer comigo? Eu juro pra você que eu não fiz nada.
— Você vai saber quando chegar lá, gracinha. — Ele interrompeu a conversa e deu partida com a moto.
