CAPÍTULO 10

3.6K 494 209
                                    

Park Jimin

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Park Jimin


As palavras que saíram dos seus lábios me deixaram completamente atônito, a cor abandonou o meu rosto e eu sentia que a qualquer momento iria hiperventilar.

— Você está brincando comigo? Porquê se for isso, não é nada engraçado.

— Eu não falaria uma coisa dessas nem de brincadeira, Jimin. — Jiyoung ainda segurava a minha mão.

— E a minha mãe sabe disso? Ou vocês esconderam isso dela também? — Meu coração estava doendo, a traição do meu pai nem foi comigo e mesmo assim eu me sentia tão mal.

— A sua mãe sabe, foi ela quem mandou a minha mãe embora da casa de vocês ainda grávida. — Ela explicava, mas eu não conseguia relaxar os meus ombros contraídos. — Os primeiros meses em que a Minseo nasceu foram muito complicados, a mamãe ficava tentando falar com o seu pai, querendo receber pelo menos a pensão alimentícia pra ajudar a criar a Minseo.

— Meu pai nunca ajudou vocês, não é? — Perguntei entristecido.

Será que a Minseo era assim por conta da minha família?

— Nos primeiros anos ele não deu nenhum real para a minha mãe, então ela foi obrigada a se virar sozinha para criar duas filhas pequenas, foi bem triste pra falar a verdade. Mas a dois anos atrás as coisas meio que mudaram, de repente o seu pai começou a enviar dinheiro todos os meses.

— Ele foi um filho da puta com vocês e com a minha mãe. Depois ele tenta me dar lições de moral, como se fosse um santo. — Falei, puto. — Só se for santo do 'paoco!

— E também foi a dois anos atrás que a Minseo e eu descobrimos tudo sobre essa história. — Jiyoung abaixou o olhar, querendo voltar a chorar. — Ela ficou completamente revoltada e começou a fazer coisas que não fazia antes.

— Como assim?

— Então, ela começou a se envolver com os bandidos aqui da comunidade, saia e chegava só no outro dia em casa. Estava revoltada, "porquê o pai de vocês dava uma vida boa e confortável para você e pra ela nada, nem afeto." — Ela disse, voltando a me encarar. — Isso são palavras dela, Jimin.

— Por isso ela não gosta de mim?! Eu não tenho culpa de nada. Se meu pai foi um tremendo filho da puta, a culpa é somente dele e da minha mãe que aceitou continuar com ele, nessa canalhice.

Falei arrancando minhas mãos das suas, virando o meu corpo para o lado, indignado.

— No final das contas eu não sou como nenhum dos dois mesmo. Eu nunca aceitaria ser traído e continuaria com a pessoa.

O atendente veio até a nossa mesa com uma caderneta nas suas mãos, seu cabelo preto e os puxadinhos dos seus olhos eram tão bonitos que eu acabei parando para prestar mais atenção.

𝐍𝐚 𝐦𝐢𝐫𝐚 𝐝𝐨 𝐃𝐨𝐧𝐨 • 𝐉𝐢𝐤𝐨𝐨𝐤Onde histórias criam vida. Descubra agora